Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

SOMOS AMIGOS E TU NÃO ME CONVIDAS PRA SER MAÇOM?



Qual o motivo que impede de convidarmos um amigo para ingressar na Maçonaria?
Sem dúvidas é uma pergunta que, sob a ótica maçônica é fácil de responder.
O ideal é que nos identifiquemos como maçons, aos que entendemos possam ser maçons, ou, então, aos que pretendemos convidar para que ingressem na Arte Real.
Não é uma questão de exclusão de pessoas, porém, para que alguém possa ser incluído, iniciado, a Maçonaria Universal tem princípios bem distintos que precisamos observa-los e cumpri-los, como por exemplo, - todo o candidato precisa ser uma pessoa livre e de bons costumes, isento de vícios degradantes,  tendo a mente aberta a novos conhecimentos; precisa ter um trabalho digno e honrado, e ser dedicado à sua família, não só na manutenção do lar quanto aos alimentos, ou quanto ao conforto que possa proporcionar, mas, que seja participante, seja atuante, zeloso, estando sempre presente junto aos seus, com seus exemplos, com o amor que dispensa para que o seu lar seja um lugar de paz, onde haja mútuo respeito e entendimento, e creia em Deus, não importando a religião.
Temos amigos, conhecidos, mesmo que sejam a um bom tempo, mas que, infelizmente, caso, não contemplem os princípios citados, não podemos tentar justificar o convite, pois, caso o façamos, afirmando, - ah, com o tempo de convívio comigo e meus irmãos em Loja, o meu amigo vai pegar o jeito, vai compreender que precisa se corrigir.
Para mim, Maçonaria se faz através de um duro e difícil aprendizado.
Pessoalmente, posso dizer com sinceridade, - sempre desejei compartilhar aquilo de bom que acontece comigo, nasci assim, morro assim. 
Porém, já amarguei muitos dissabores, já enfrentei muitas contrariedades, porque, no afã de querer ver um amigo de vida profana, ser iniciado, ser feliz como sou, estudando, aprendendo a cada nova sessão na Oficina de Trabalho de Debaste da Pedra Bruta, o ensino ritualístico e litúrgico, disponibilizado de forma gradual, progressivo e sempre aperfeiçoador do caráter humano, capaz de tornar o maçom, um verdadeiro construtor de uma sociedade justa, solidária e fraterna, quando, é importante que, - os seus exemplos sejam dignos de ser seguidos, mas que, infelizmente, deixando de observar melhor o amigo, ao torna-lo meu irmão maçom, acabei perdendo até mesmo a amizade profana que mantinha com ele.
É de todo revelador e interessante, um maçom pode conhecer um profano por muitos anos, mas, se ele for iniciado nos Augustos Mistérios, em torno de seis meses, ele se mostrará como realmente é, inclusive, se, por vaidade, orgulho e teimosia, quiser  trazer do mundo profano, seus conceitos e suas opiniões, tentando impor seu jeito profano de ser, contrariando todo o novo aprendizado que lhe está sendo prodigalizado, quando provocará discussões inócuas, sem nenhum fundamento maçônico, quebrando a harmonia da Loja, criando mal estar e descontentamento.
Desta forma, o crescimento saudável, bem estruturado, harmônico, de uma Loja Maçônica começa na escolha de pessoas simples, humildes e conscientes daquilo que a Maçonaria lhes pode oferecer.
Também, um candidato à iniciação precisa saber de modo claro, bem explicado, tudo que a Maçonaria exigirá dele.
Nós maçons precisamos ser seletivos, não para desprezar pessoas menos favorecidas por bens materiais, ou, que não possuam conhecimentos universitários, se bem que, não podemos esquecer que todo o maçom terá compromissos financeiros para com a Ordem que o acolheu.
Quem é maçom verdadeiramente, não tem necessidade de andar demonstrando aleatoriamente, no mundo profano, terreno, que, o, é. 
Basta que dê bons exemplos e tenha sempre um comportamento digno de tudo aquilo que, - semanalmente aprende nas sessões que participa fraternalmente, desde o momento que adentra ritualisticamente no Templo Consagrado ao Grande Arquiteto do Universo.


Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º

















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