Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

QUE VINDES AQUI FAZER?



O Templo harmonizado, o suave perfume do incenso, o ambiente acolhedor estava bem preparado pelo irmão encarregado desta importante tarefa.
Eis que adentra na sala dos passos perdidos um homem que, respeitosamente solicitou o seu ingresso, identificando-se através das formas que os maçons se reconhecem.
O visitante, porém, logo após, ouviu uma pergunta ritualística, que faz parte do Telhamento, - que vindes aqui fazer meu irmão?
Ele, momentaneamente esqueceu da resposta, talvez, por ter ficado um tanto nervoso, já que era a primeira vez que visitava aquele Oriente; ou, por falta, ao menos da leitura do seu Ritual, já que a Maçonaria faz perguntas há muito predeterminadas, estabelecidas e exige sempre exatidão nas respostas dadas.
O Irmão Guarda do Templo convidou o visitante para que fosse tomar assento, lá no interior da Câmara de Reflexões.
Pois, entendeu que, ele, colocado ali, naquele ambiente silencioso, iluminado por uma única vela, colocada sobre um crânio, sem nenhum luxo ou conforto, devolveria a ele a lembrança da resposta correta que haveria de dar.
Entretanto, um irmão mestre maçom, que observou tudo desde do início, foi até o irmão Guarda do Templo e lhe falou, - meu irmão, e se o visitante for um curioso, um falso maçom?
E, concluiu, - caso isto aconteça, estarás cometendo um grave perjuro! 
O irmão Guarda do Templo, sem saber o quê responder, ficou calado, preocupado, com a atitude que tomou sem consultar nenhum dos irmãos presentes.
Agora, seria melhor esperar para ver se o visitante era de fato um irmão maçom.
Os minutos foram se passando lentamente, e, eis, o irmão visitante, sorridente, tranquilo, à sua frente!
Quando deu a resposta solicitada, com presteza, de forma absolutamente correta!
E, lhe agradeceu, dizendo, parabéns meu irmão!
Viajo muito e sempre que posso visito a irmandade, sendo que algumas Lojas me recebem e me acolhem, pela primeira vez, sem as perguntas, que, a Ritualística exige que se cumpra e desta forma ficam expostas aos riscos de receber um falso maçom.
E, concluiu, meu irmão Guarda do Templo, a minha ida até a Câmara de Reflexões me fez muito bem!
Porque, vim aqui frequentar a Sessão para que eu continue aprendendo a vencer as minhas paixões, submetendo a minha vontade, e, possa assim, fazer novos progressos e novos conhecimentos na Maçonaria!
Na verdade, eu sempre digo que a Maçonaria reúne em sua estrutura ritualística um conjunto de procedimentos, onde, os detalhes,  fazem toda a diferença.
A frequência as Sessões é fundamental.
Há toda uma mística, uma energia muito especial envolvendo os irmãos em suas atividades na Oficina de Trabalho.
No acontecimento narrado acima, o irmão Guarda do Templo, realmente não deveria ter introduzido o irmão visitante, na Câmara de Reflexões, porque ali não se coloca alguém que possa ser um profano tentado enganar, tentando conhecer internamente a Maçonaria e os seus Segredos Milenares.
O Irmão mestre maçom que advertiu o irmão Guarda do Templo, acusando-o da possibilidade de se tornar um perjuro, faltou-lhe sensibilidade, bom senso e espírito de irmandade, porque, nada o impediria de se aproximar na hora em que houve o Telhamento, para num ato gentil, fraterno, conversar e alertar sobre o caso.
Um maçom, carrega muitas interrogações, porém, deve sempre buscar as respostas, através do estudo, da observação, da frequência sistemática em Loja, da mais ampla visão daquilo que acontece, tendo em mente que a Maçonaria Universal tem todas as respostas.
E, estas respostas, diferem das que acontecem no mundo profano, onde o desrespeito, o orgulho, a vaidade, o ter em lugar do ser predomina, provocando tantas contendas, tantas mentiras e inverdades.

Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 °













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