Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

O USO DAS VELAS NO TEMPLO MAÇÔNICO


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Nos tempos antigos, remotos, a luz de velas, lamparinas, tochas incandescentes, foram o único meio, a forma, de iluminar os ambientes naturalmente escuros, onde não penetrava a luz solar, como os templos consagrados a Divindade, os palácios, as moradas, as edificações. 
As cavernas que, se transformavam em templos ocultos da visão profana,  também careciam de luz, claridade, em momentos tão especiais.
Na Maçonaria Universal ainda Operativa, isto é, apenas dedicada ao entalhe da pedra bruta, que, sempre acontecia longe da construção para não perturbar as medições, os cálculos, sempre precisos, exatos, que, - apesar dos instrumentos usados fossem muito símplices, rudimentares, permitiam que edificassem suas obras de forma justa e perfeita. 
A luz sempre foi imprescindível, para a iluminação nestes ambientes de trabalhos.
Nos dias atuais a Maçonaria Universal Especulativa tem ao seu dispor a energia elétrica, para a iluminação dos seus Templos.
Porém, devido aos vários Ritos que, hoje são praticados, apesar da iluminação elétrica, as velas continuam sendo usadas, porém, também, são substituídas pelas luzes artificiais, de acordo com os Ritos praticados.
As velas possuem uma simbologia esotérica, mística, de grandes significados e valor.
Inclusive, no Rito Escocês Antigo e Aceito, onde, no qual fui iniciado, o Mestre de Cerimonias faz o acendimento das velas sempre de forma ritualística, levando a luz até os Vigilantes e ao Venerável Mestre, para acender após, as velas que estão no Ara, Altar, para daí convidar o irmão Orador para que faça a abertura do Livro da Lei, quando após, ele lê um trecho da Bíblia Sagrada, de acordo com com o grau da Sessão que está sendo realizada.
O Venerável Mestre, dando continuidade, aos trabalhos evoca dando Gloria do Grande Arquiteto do Universo, Deus, e a seguir declara que os Trabalhos estão abertos de acordo com os preceitos universais maçônicos.
A Maçonaria Universal, enfatizo sempre, - possui diversos Ritos, todos em essência conservam as antigas tradições, os antigos segredos, os mesmos fundamentos, porém, existem pequenas diferenças em seus procedimentos.
E, o uso ou não, das velas são na verdade, uma destas pequenas diferenças. 
Pessoalmente, neste aspecto, admiro o Rito Adonhiramita que aprofunda a observação e o conhecimento espiritual, esotérico, místico, cabalístico sobre a chama que a vela emana e também quanto ao seu significado, a cera, o material usado, é nesta simbologia, é a finitude do corpo humano, que se estingue de acordo com o tempo e suas vicissitudes.
O pavio, o espírito que, uma vez aceso, iluminado, encandecido, por si mesmo não se apaga, porque está ligado ao Todo, a Unidade, O Criador.
A luz que ali se faz, é o fogo que purifica, internamente, dá calor, mantém o corpo biológico na temperatura certa, representa a energia vital ao ser humano.
O fogo é na sua amplitude, - o simbolo da sabedoria, porque ilumina a obscuridade, mostra a verdade, aos irmãos maçons que buscam a luz do conhecimento em todos os seus trabalhos.
A vida foi prodigalizada aos seres humanos pelo sopro Divino.
Uma vela acesa permite que se acendam nelas uma quantidade enorme de velas, sem que ela perca a força da luz que a anima, que a mantém acesa!
Portanto,  não devemos soprar uma vela, apagando-a, porque o sopro Divino é a criação da vida, e somente o Grande Arquiteto do Universo, Deus, sabe o momento de soprar, apagar a vida daqueles a quem criou.
Maçonicamente, precisamos usar um abafador apropriado, ou umedecer a ponta dos dedos para o apagamento, adormecimento, de uma vela, como símbolo sagrado do respeito ao Criador.
Uma vela apagada, adormecida, precisa ser revigorada ao ser novamente acesa, porque somos todos energia, e a energia que movimenta o cósmico é o amor, e nós maçons sabemos que a maior de todas as nossas virtudes é o amor caritativo, fraterno!
Tenho feito, escrito aqui, modestas postagens, procurando dar um pouco de mim, de tudo que aprendi, e que ainda, - quero, desejo aprender.
Também, porque entendo, - precisamos como irmãos maçons desmistificar inverdades, porque encontramos na internet tantos artigos publicados, que, - perturbam, enganam aos não maçons, e se buscamos  e defendemos a verdade, precisamos esclarecer os verdadeiros objetivos da Arte Real, porque, - a omissão também é um grave perjúrio.
Num tempo de tantas incertezas, de tantas inverdades, mentiras e corrupção, trabalhemos como obreiros da Paz, buscando sempre fazer feliz a Humanidade, - transmitindo até onde podemos, assim nos exigem os nossos juramentos, - os nossos conhecimentos e acima de tudo dando nossos exemplos, através da nossas palavras ações e atitudes!

Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º







  


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