O velho mestre assentado junto ao Trono Invisível da Sabedoria provinda de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, recebeu ali naquele precioso momento, o jovem aprendiz que, respeitosamente ajoelhado, com o joelho direito apoiado no chão, lhe suplicou, estendendo a sua espada para que ela fosse Consagrada, e que, - assim, fosse o Instrumento de Defesa da Justiça e da Perfeição das Leis e da Ordem determinadas pelo Supremo Árbitro, de todos os mundos e todas as coisas visíveis e invisíveis, Deus!
O velho mestre ouvindo as palavras do Espírito Guardião da Justiça e da Perfeição, invisivelmente, ali presente, postado com seu bastão ao lado direito do jovem aprendiz, ditava ao velho mestre, as palavras para que fossem ritualisticamente, repetidas pelo jovem aprendiz.
O jovem aprendiz olhando firme e sereno para o velho mestre, o emocionou, porque mesmo sendo um homem velho, acostumado nas lidas Templárias, viu nos olhos daquele jovem, a inocência e a pureza de quem, naquele momento, se entregava inteiramente, sem receio, sem temores, dúvidas ou insegurança, sequioso de poder participar daquela Ordem tão poderosa.
O velho mestre então, dando seguimento ao ato, perguntou-lhe, - nos momentos de dificuldades, de dor e de perigos, em quem depositais a vossa confiança?
Em Deus!
Respondeu o jovem aprendiz!
E o velho mestre continuou, - nos momentos de solidão em que vos encontrastes, numa escura caverna, o que mais te chamou à atenção?
A resposta, - o que mais me chamou à atenção foi um crânio humano com uma vela acesa a iluminar a feiura do terrível símbolo da morte.
Outra pergunta, - soubestes identificar a raça do crânio do mortal ali presente?
Não, Venerável Mestre, julgo ser impossível saber, qual a raça do infeliz mortal.
Então, respondeu-lhe o velho mestre, lembra-te sempre que todos os seres humanos são iguais perante Deus, e que mesmo assim, a desigualdade é ainda predominante no seio da Terra, e que esta espada que consagro, terás que usa-la em defesa dos que sofrem opressão, maldade, e todo o tipo de judiaria e enganos, - de parte dos que se julgam superiores aos demais, pregando a justiça onde, todos sejam na verdade nivelados pela miséria e pela dominação fraudulosa e prepotente.
Lembra-te que o opressor sabendo do teu poder tentará te subornar com lisonjas e presentes, e certamente te convidará para que abandones a nossa Ordem, com promessas de que serás contemplado com tesouros, regalias e todas as facilidades que todo o profano deseja e prioriza.
Prepara o teu espírito!
Sofrerás inúmeras tentações!
A morte rondará o teu caminho!
Aqui, teu esforço será sempre valorizado e contemplado, não de forma injusta, - mas porque conquistastes com honradez, boa fé e dignidade, novos graus, - sempre pelos teus próprios méritos.
Lembra-te sempre deste magnífico momento, - quando estás aqui por tua própria vontade, sem nenhum constrangimento, sem nenhuma imposição.
Não esqueças jamais de defender a liberdade, a igualdade, e a fraternidade.
Tudo na terra é passageiro, é fugaz, não tem durabilidade!
Porém, os teus feitos permanecerão para sempre sendo lembrados, os teus exemplos terão muitos homens livres e de bons costumes, dispostos a segui-los.
Lembra-te que nós Templários permaneceremos para sempre - vivos, imortais!
No futuro, após traições, e injustas perseguições, - depois de muitas perdas, por nos mantermos fieis aos ideais que juramos defender até a morte, - faremos parte daqui um tempo da Maçonaria que, - será transformada no seu estágio atual que é Operativa, para a Maçonaria Especulativa e que Esta Nova Ordem, terá o seu ideário revestido pela Universalidade e todos os seus Membros usarão a mesma Espada agora Consagrada!
Como a Marca Indelével de que o Bem sempre vence o Mal!
E, que todo o futuro homem maçom, que aprender a se submeter com humildade aos irmãos que lhe transmitirem conhecimentos, - receberá no momento certo, -o justo galardão!
Levanta-te agora!
Segue adiante!
Lembra-te que jamais estarás a sós, porque estaremos todos contigo!
Sempre dando Gloria a Deus!
O Grande Arquiteto do Universo!
Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas 33 º
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