Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

O ÁGAPE NA MAÇONARIA.

imagem meramente ilustrativa. - fonte: internet

Após a realização de uma Sessão, os maçons se reúnem para participarem conjuntamente do Ágape, sempre de forma ordeira disciplinada e fraterna, porém, sem as mesmas formalidades ritualísticas praticas no Templo, quando todos assentam-se dispostos conforme os cargos e lugares ocupados, durante a realização dos labores de sua Oficina de Trabalho.
Na verdade, o Ágape é um Ato de Congraçamento, porque a refeição compartilhada sempre representa a perfeita união, a paz e a harmonia que ali é mister que se faça presente.
Não importa que o Ágape se realize num local pomposo, ricamente adornado por móveis luxuosos e finas pratarias; importa sim, - o espírito aberto ao conhecimento mútuo, mais abrangente de todos os irmãos ali presentes, onde prevaleça na irmandade reunida, o propósito do entrosamento fraterno e amorável entre todos.
Importa também, que durante o Ágape e até alguns minutos após, sempre se reveja os assuntos pertinentes ao período de instrução, às pranchas de arquitetura apresentadas, breves comentários a respeito dos motivos dos irmão ausentes, e outros assuntos como a conservação do Templo e ainda a informação dos irmãos que serão responsáveis no próximo Ágape, com os devidos comentários e esclarecimentos num sentido geral, sob o comando do irmão Venerável Mestre e os dois irmãos Vigilantes.
Saliento que, existem muitos Ritos Maçônicos, e que pode haver variações, determinações diferentes, quanto aos detalhes que aconteçam em um Ágape Maçônico, porém, todos conservam os mesmos fundamentos, as mesmas maneiras no sentido geral de sua organização e realização.
A Maçonaria Universal louva e dá Gloria ao Grande Arquiteto do Universo, inclusive, pelo seu Infinito Poder, manifesto após a Grande Explosão, o Big Bang, quando a poeira cósmica foi transformando-se nos astros, que, - foram perfeitamente ordenados pela Sua Excelsa Vontade e Sabedoria Infinita!
Desta forma, todos os maçons conhecem a importância do saber colocar-se cada um no seu devido lugar, com ordem, disciplina e obediência, inclusive, durante o Ágape.
O ambiente da construção maçônica, o espaço fechado e apenas possível de ser vivido em plenitude pelos maçons é na verdade o segundo Lar de cada um de nós.
Lembro aqui, a palavra: Lar, deriva do latim, mais precisamente do tempo do império romano, quando o Lare era construído fora dos demais compartimentos de uma habitação.
O Lare era o local, onde se coziam e se preparavam os alimentos para as refeições de todos os componentes de uma família, assim como também, era destinado para que pessoas convidadas ali viessem compartilhar os alimentos, sempre num ambiente fraterno, alegre, festivo e respeitoso.
A dura disciplina imposta num Ágape, torna o evento pesado, desconfortável.
A não observação e cumprimento da ordenação da mesa, quanto aos lugares a serem ocupados, sem comando, sem disciplina, torna o Ágape uma reunião profana, onde infelizmente, podem ocorrer agressões verbais, discussões inócuas, desordem e podem até servir de motivo para os irmãos mais novos, os Aprendizes, se afastarem das futuras Sessões, pois, não entenderão porque ouvem e leem em seus Rituais as lições e os ensinos que na prática, deixam de acontecer.
Todo o maçom aprende o valor incomparável da Tolerância, aprende que, - aquele que tem mais idade maçônica, tem compromissos muito sérios, pois ele é sempre observado, notado como o Mestre que vai transmitir conhecimentos, experiências e exemplos dignificantes.
Então, façamos do momento do Ágape, um momento harmônico, saudável, fraterno, feliz!
Porque, quantas vezes, pode acontecer que um irmão está ali reunido, porém, com uma aparência que demonstra, denota, algum sofrimento ou preocupação?
É preciso atenção de todos os irmãos presentes, quando a intervenção discreta do Irmão Hospitaleiro é muito importante, para ouvir o irmão que esteja enfrentando alguma dificuldade, algum problema, para depois comunicar aos demais irmãos através do Venerável Mestre para que algo seja feito para ajudar ao irmão que sofre.
Lá fora, no mundo profano, quando alguém tem problemas, geralmente, os amigos e conhecidos dele se afastam.
Na Maçonaria abandonar um irmão à própria sorte é um grave perjuro.
Ouvi certa vez, de um irmão maçom mais antigo, a afirmação:
Quando um novo irmão é Iniciado, ele nasce também dentro do meu coração!
Ele é meu irmão caçula, mesmo que na sua idade biológica ele seja mais velho que eu; para mim, não importa quem é o seu padrinho, o que foi e o que viveu na vida profana, porque se foi convidado é porque tem méritos, e quanto a mim, me cabe ouvi-lo, entende-lo, ajuda-lo nas suas necessidades, nas dúvidas que tenha, porque morreu para o mundo profano, e, - renasceu! 
E, hoje é meu irmão maçom!
Façamos do Ágape um momento amorável, um momento de construção da verdadeira Maçonaria Universal que, - trabalhando conjunta, tudo fará para tornar feliz a humanidade!
Somos todos Um!

Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º










  















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