Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

COMO É BOM REENCONTRAR UM IRMÃO MAÇOM!




Desde o momento em que fomos convidados, admitidos, no seio generoso, fraterno e amorável da Loja que nos acolheu, - após vencermos as provas iniciáticas que fomos submetidos por nossa livre e espontânea vontade; quando ao final ouvimos, - faça-se a Luz! 
Daquele momento em diante, com a visão ainda um tanto turva, obscurecida que, aos poucos foi adaptando-se à Luz; - contemplamos pela primeira vez, os rostos sorridentes dos nossos novos irmãos e o belo interior do Templo e suas simbólicas representações.
Ingressamos num novo mundo, renascidos, para o desbaste de nossa própria Pedra Bruta, para o aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual, através dos ensinos contidos no Ritual e na Ritualística usados pela nossa Oficina de Trabalho que, a Maçonaria Universal nos proporciona, sempre com a orientação do nosso padrinho e dos demais irmãos que foram admitidos antes de nós.
Daí em diante, a cada nova semana nos reencontramos com nossos amados irmãos, estreitando a cada nova Sessão, - os laços de união da irmã amizade.
O tempo passa, novos irmãos vêm depois de nós.
Porém, quantas vezes vemos partir um irmão que está mudando-se para um outro Oriente.
Quando o veremos novamente?
É certo que o reencontraremos, ou ele virá nos visitar, ou vamos visita-lo, ou nos reencontraremos em Congressos e atividades conjuntas de nossas Lojas.
Tem também, um fato que marca muito!
Quando em viagem, seja de negócios ou de recreação, ao conversamos com alguém sobre qualquer assunto, de repente, - nos identificamos!
Na verdade, estamos reencontrado um irmão!
Porque, já o conhecíamos, através da Egrégora Maçônica, ou seja, - a energia positiva, fraterna que, - nos aproxima, nos identifica e nos une
Em pouco tempo conversamos animadamente, sem reservas, sem meias palavras, porque um irmão maçom confia sempre em seu irmão.
Este fato para mim é muito significativo!
A Universalidade da Maçonaria e suas valorações, sua pujante forma de acolhimento de todos nós que, - tivemos o privilégio de pertencer a esta Ordem sem igual, pelo congraçamento de homens livres e de bons costumes, que acreditam em Deus, que amam a sua família e seus irmãos, possuem um trabalho honrado que lhes proporciona o sustento, e que veem o mundo com o olhar voltado para a paz, para a concórdia, sem discriminações e sectarismos, raciais, pátrios ou religiosos.
Entretanto, tem o irmão maçom que decidiu afastar-se da irmandade!
Pediu o desligamento de sua Loja, e tal qual o filho pródigo, afastou-se da sua casa, do lar que o acolheu, e decidiu voltar ao mundo profano.
O filho pródigo pediu ao seu pai, a parte que lhe cabia por herança.
O filho da Viúva levou consigo os tesouros do conhecimento que adquiriu!
Não pediu para leva-los e não agradeceu!
Simplesmente, decidiu voltar para conhecer melhor o mundo profano das perdidas ilusões, das falsas amizades e do brilho enganador das riquezas puramente materiais.
O pai do filho pródigo o esperava ao entardecer, lá na curva do caminho.
O irmão maçom que abandonou voluntariamente os seus irmãos, desconhece que a  Maçonaria também não o esqueceu!
O filho pródigo distante do pai, do reino da fartura e da abundância dos bens materiais e espirituais, empobrecido, faminto, desiludido, arrependido, resolveu retornar ao Lar.
O pai que o esperava, providenciou uma grande festa para comemorar o retorno do filho sempre amado, porém, o outro filho que havia ficado todo o tempo ao lado do pai, reclamou.
Dizendo, - pai eu estive sempre ao teu lado, sempre trabalhei pela prosperidade do nosso reino e o senhor nunca me dedicou uma festa assim.
Que jamais sejamos como o irmão do filho pródigo!
Entendo que, - nós irmãos maçons, somos os braços da Maçonaria, a expressão pura do Amor do Grande Arquiteto do Universo que, - abraça o filho tão esperado, assim que ele retorne!
Somos tal qual, o pai que espera e comemora o retorno daquele que reconheceu o próprio erro e decidiu voltar, porque a Maçonaria nos confiou o zelo de todas as virtudes, de todas as qualidades, inclusive, - do acolhimento e o reconhecimento feliz do reencontro daquele irmão, que havia se afastado, porém, - havia errado apenas contra si mesmo!
Precisamos sempre lembrar, - de sermos indulgentes com nossos irmãos e rigorosos ao nos julgarmos, porque queremos fazer progressos contínuos como obreiros da Arte Real.
Obrigado!
A você meu irmão maçom que dedicou uns minutinhos do teu tempo para um reencontro aqui comigo!
Obrigado!
Aos não maçons, - espero sinceramente, que num futuro próximo sejamos irmãos maçons também!

Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º












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