Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

SOIS MAÇOM, APENAS QUANDO UM IRMÃO TE RECONHECE?



No traçado dos caminhos que o viver maçônico me proporcionou, tem algo que me aconteceu muitas vezes e que me trouxe momentos sempre surpreendentes, alegres e até emocionantes, - o fato de encontrar um irmão maçom que eu ainda não conhecia pessoalmente, porque, a energia mental espiritual, presente em cada maçom é algo que podemos sentir indelevelmente, de forma marcante, que nos identifica, quando proferimos uma simples palavra e de imediato recebemos a palavra correspondente, e daí em diante, um abraço de contentamento fraterno, amorável, confiável, sem as reservas tão comuns entre dois desconhecidos que se encontram para a realização de um negócio ou para outra atividade qualquer, no mundo terreno, profano.
Conversando com um irmão maçom a tempos atrás, ele me falou, - eu só sou maçom, quando outro irmão maçom me reconhece como tal.
De fato ele não deixa de ter razão, porém, tal afirmação, me trouxe uma indagação, - e quando estou só e preciso tomar decisões no mundo profano, ou ainda, em momentos de meditação e reflexão, quando interiorizo meus pensamentos, buscando o encontro do meu eu consciente com o encontro do meu eu inconsciente, me reconheço como maçom?
Porque ser maçom é ter morrido e renascido para um novo mundo, o mundo da busca pelo auto-conhecimento proporcionado pelo ensino milenar, que a Maçonaria Universal disponibiliza; quando a auto-crítica sincera, permite o desbaste diário da pedra bruta, a qual representa as imperfeições de cada maçom, individualmente, porque, é preciso ser absolutamente rigoroso consigo mesmo e indulgente, compreensivo, tolerante, com as imperfeições alheias.
Com o tempo de frequência em Loja, com a sequência dos ensinos transmitidos, vamos adquirindo muitas virtudes, muitas qualidades, de modo lento, gradual, fraterno e positivo. Contudo, para que isso aconteça, precisamos sem reservas, sem conceitos próprios, trazidos do mundo profano, - abrir as nossas mentes, para a compreensão de toda a rica simbologia presente no Templo, quando a cada nova sessão se descortinará a revelação de uma nova iluminação que enriquecerá os nossos conhecimentos, que nos serão úteis em todos os futuros momentos do nosso viver.
Quando começamos a viver e a praticar a Maçonaria como algo singular, muito importante, como são importantes o nossa família e o nosso trabalho, é porque a Arte Real com seus Augustos Mistérios chegou aos nossos corações, e desta forma, em qualquer situação, em qualquer momento, vamos pensar, falar e agir como maçons, pois até as expressões das nossas palavras serão amenas, pacificas, amoráveis; as nossas atitudes serão temperantes, porque Deus, o Supremo Arbitro de todos os mundos e todas as coisas, com seu Olho Onividente! Nos estimulará para que nos perdoemos pelas nossas próprias imperfeições, e, assim, perdoemos aos que tantas vezes nos combatem sem causa, e, que, gratuitamente nos consideram como inimigos.
Caso eu seja maçom, apenas quando outro irmão me reconhecer, eu estou maçom.
Quando eu reconhecer sinceramente, humildemente, que morri para a vida profana e renasci para um novo viver e que a Maçonaria é o farol que ilumina o meu eu interior e se exterioriza em mim, através de uma vida bem melhor para mim mesmo, para os meus familiares, amigos e irmãos maçons, aí sim!
Eu posso dizer: 
Sou maçom! 


Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º













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