Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

FAMÍLIA TRABALHO MAÇONARIA! EM QUE LUGAR ESTAMOS COLOCANDO A MAÇONARIA?



Desde que fomos iniciados nos Augustos Mistérios, assumimos de livre e espontânea vontade, além de outros compromissos importantes, o de frequentar nossa Oficina de Trabalho, uma vez por semana.
É certo que o nosso trabalho no mundo profano, terreno, envolve um tempo considerável, pois temos que sair de casa pela manhã; no intervalo para o almoço, muitos irmãos fazem a refeição num local próximo do trabalho, pois a distância, o trânsito, praticamente, inviabiliza ir em casa e retornar; no final do dia aí sim, vem a volta ao lar, onde a família nos espera, para que encerremos o dia, junto daqueles a quem amamos.
Afinal, também, tem o futebol no meio da semana, tem um encontro com nossos colegas de trabalho para um jantar semanal que, cada um tem um motivo especial de comemoração: aniversário, atingimento das metas de vendas, enfim, um encontro de descontração e fortalecimento de amizades e coleguismo.
Temos visitas aos parentes e amigos, temos muitos compromissos, inclusive, quando recebemos convidados em nossa casa para um jantar.
Fiz as colocações acima para justificar o dialogo que registro aqui, quando da conversa que tive com um irmão maçom que andava sumido das sessões.

- Meu irmão, que bom te encontrar, estamos sentindo a tua falta, quando vais aparecer? Pois, um determinado número de faltas, pode provocar uma suspensão temporária às sessões.
- Ah! Na próxima sessão eu vou, mas acontece que a maçonaria é muito repetitiva, sempre o mesmo modo de realizar a sessão, na verdade, eu tenho muita facilidade de memorização, já aprendi tudo!
Só não entendo porque não subi um degrau na escalada maçônica, por isso, quando posso, vou, já que tudo por lá acontece muito devagar para o meu modo de ser e de pensar.
- Então, se fizermos um telhamento agora, saberás me responder ao pé da letra?
- Não é bem assim, porque tenho tanta coisa pra guardar na cabeça, mas sei me identificar com outros maçons, veja bem, até de carro me identifico, faço o sinal característico e recebo de volta a saudação.
- Mas me diga sinceramente, qual foi até agora o teu aproveitamento em ter te tornado maçom. 
- O meu ganho principal é o status social, sinto que muitos me invejam, mas infelizmente, não posso convidar pra ser maçom, invejosos e gente que tem mania de se mostrar humilde, pra mim, são fingidos, querem aparecer como santinhos, ainda mais, quando me olham com olhar de reprovação.
- E a tua pedra bruta continua disforme, cheia de arestas pontiagudas?
 - Ué, meu irmão, estou sentindo que o teu desejo é o de menosprezar o meu modo de ser, sempre fui um líder, sempre fui admirado, tenho habilidade para me mostrar virtuoso quando é preciso e isso é o que importa; quem não tem defeitos? Atire a primeira pedra!

Este diálogo, aconteceu, faz um bom tempo. 
Mas sempre digo que maçonicamente aprendemos em Loja e fora dela.
E sempre repito que belas palavras podem convencer, porém, somente o exemplo pode realmente, servir de modelo de conduta aos irmãos ainda com menor idade maçônica.
Quem afirma que já aprendeu tudo, infelizmente, não aprendeu nada!
A simbologia maçônica requer demoradas observações e interpretações, a pressa e a inquietação, ou o sentimento de superioridade não permite ver e constatar a simplicidade daquilo que tem um exterior comum, porém, tem em seu interior, como um fruto, que, ao ser descascado e sorvido revelará o seu sabor que poderá ter um gosto agradável, ou não, mas, tem papel importante na nutrição humana; o sabor da simbologia maçônica é o conhecimento, é a amostragem dos caminhos do futuro em direção da sabedoria.
Nenhum maçom tem uma bola de cristal para antever qual será o comportamento de quem é iniciado, e assim, tem ingresso no quadro de obreiros de uma Loja Maçônica.
Na verdade, a Maçonaria realiza suas Sessões num ambiente fechado, de modo secreto, inclusive, juramos guardar o mais absoluto silencio sobre tudo que precisa ser preservado. 
Cabe unicamente a cada um de nós maçons decidir o que queremos.
Não podemos, forçar, insistir, demasiadamente com quem não compreendeu a razão, o porquê de ser iniciado, e desta forma pensou apenas em "adquirir status social", pois, não pretende modificar seu modo profano de ser, e pensa com orgulho, se achando melhor que os outros, tanto em comparação com os profanos, como aos seus irmãos maçons, porque prefere continuar vendado pelas vaidades que certamente, lá adiante nos traçados que a vida continuamente apresenta e alterna, lhe farão recordar que perdeu grandes oportunidades, e assim, venha a sofrer, como consta no Livro da Lei Maçônica, a Bíblia Sagrada, em Eclesiastes cap. 12 versículo 1 : 
Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias  e antes que se aproximem os anos em que dirás: 
"Não tenho neles contentamento".

Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º





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