Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

A SIMBOLOGIA DO PÃO NA MAÇONARIA



Encontramos no Livro da Lei Maçônica, a Bíblia Sagrada, em torno de trezentas citações a respeito do pão, o alimento mais usado pelos povos da antiguidade.
Todo o maçom no dia da sua iniciação nos Augustos Mistérios, viu e observou  diversos símbolos, entre os quais, o pão, porém, nem sempre, devido ao momento vivido de tantas expectativas pelo seu ingresso, e por novos  conhecimentos, certamente, não teve a oportunidade de fazer uma reflexão, indagando, - o por quê de um pão estar colocado junto de outros símbolos, alguns estranhos e um tanto enigmáticos.
Mais tarde, entre tantos símbolos, me parece que continuamos um tanto alheios ao que realmente o pão representa no âmbito do ideário maçônico, muito embora o pão esteja presente na maioria dos nossos Ágapes.
No Livro de Genesis Capítulo 31, Versículo 54:
Partir o pão e dá-los aos outros para criar laços de especial união entre eles.
Também, no Livro de Êxodo, Capítulo 25, Versículos 23 e 30:
Farás uma mesa de madeira de acácia, cujo comprimento será de dois côvados, a largura de um côvado e meio. Porás sobre essa mesa os pães da proposição, que ficarão constantemente diante de mim.
Desta forma, o pão perante Deus, o Grande Arquiteto do Universo, representa a nossa permanente gratidão pelo precioso alimento.
Li agora a pouco um frase de autoria do palestrante Mario Sergio Cortella:
Jesus jamais dividiu pães e peixes.
Tivesse feito isso, jamais teria alimentado tantos.
Ele “re-partiu, partilhou”.
O que divide acaba.
O que se partilha, se multiplica!
Esta afirmação me conduziu a pensar!
O pão nos concede uma interpretação maçônica, esotérica, com um profundo e importante aspecto espiritual.
O pão preparado com a farinha de trigo, com ou sem fermento, alimenta o nosso corpo biológico; e quase sempre, nos referimos ao pão num sentido geral, como a representação de todos os alimentos postos a nossa mesa.
Porém, - e o pão espiritual do conhecimento e da sabedoria, que de forma tão generosa, tão especial, recebemos em nossa Oficina de Trabalho, provindo da Infinita Sabedoria de Deus, o Supremo Criador, temos dividido a nossa parte, apenas com alguns Irmãos Maçons, os que nos são simpáticos?
Caso isto esteja acontecendo, me permito repetir a afirmação, - o que divide acaba!
Precisamos partir e repartir, compartilhando o pão do conhecimento, com todos nossos Irmãos e se possível com os irmãos terrenos, não maçons.
Todos têm fome de conhecimento!
Ninguém deve ser excluído!
O conhecimento maçônico conduz os passos de todos os Irmãos de forma bem ordenada pelo dextrogiro que acompanha os ponteiros do relógio do Tempo Maçônico que é Infinito.
O pão do conhecimento que obtivermos pelo nosso próprio esforço e dedicação, na seara  do nosso aperfeiçoamento pessoal, transformar-se-á em experiências positivas, em exemplos do fraterno compartilhar que, - sempre contribuirão de forma positiva ao engrandecimento da Maçonaria Universal, pois, quando todos o compartilharem, inclusive, os mais jovens, os aprendizes da Arte Real, que, tantas vezes nos fazem pensar através de inusitadas perguntas, nos conduzindo à novas pesquisas, e desta forma, nos proporcionado novos estudos que sempre nos conduzirão pela trilha que nos desafia alcançar o Pão da Sabedoria.
Assim como cada Maçom tem a própria Pedra Bruta para trabalhar, desbastar, tem também o próprio Pão para compartilhar.
Não esqueçamos jamais que, há muita fome de pão.
Tanto do pão que alimenta o corpo biológico, mantenedor da vida terrena, como do pão espiritual que ilumina esclarece e produz a libertação da ignorância e do obscurantismo.

Ir.’. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º





 




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