Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

MAÇONS DEIXAM DE RECONHECER OUTROS MAÇONS?



Um maçom em qualquer parte do mundo, pode ser reconhecido por outro maçom, através de toques, palavras e sinais.
Entretanto, internamente no Brasil, temos alguns, digamos, imbróglios, desentendimentos, quanto a este importante quesito.
Porque existe aqui, um grande número de Potencias, quando a maior deixa de reconhecer Potencias menores, e, ainda, temos um agravante, tem Potencias menores que, - também agem de forma excludente, em relação à outras que em tudo se assemelham à elas.
Por aqui, confunde-se Regularidade com Reconhecimento.
Uma Potencia e as Lojas à ela filiadas, para que sejam regulares, precisam ter um endereço fixo, horários pré-determinados para a realização de sessões, carta constitutiva, regimento interno, estatuto e o registro fiel dos seus membros.
Além, é claro de cumprir as demais normas e leis da Maçonaria Universal.
Reconhecimento é o ato de estabelecer tratados de amizade e mútua visitação, fato este, que, deixa de observar a Universalidade da Maçonaria, pois além do reconhecimento através de toques, palavras e sinais, ainda pode-se exigir de um irmão maçom desconhecido, o telhamento, ou o trolhamento, que é uma forma segura de evitar que alguém tente se passar maçom, ingressando profanamente no Templo da Virtude.
Mas, temos problemas que abalam ainda mais, o espírito de igualdade maçônico, pois, têm casos lamentáveis, quando, um maçom se afasta da Loja que frequentava, e, por conseguinte da Potencia a que pertenceu, solicita o seu quite place, e, daí, em diante, este maçom começa a receber críticas ferinas, sendo lembrado e tido como um inimigo, que precisa ser combatido, de qualquer modo, até mesmo com calúnias e difamações, não sendo mais, considerado pela Potencia e pela Loja que frequentava como irmão maçom.
O ano passado a Maçonaria Especulativa completou trezentos anos!
Entendo, que toda crítica, caso aconteça, - deva ser sempre construtiva.
Jamais, na ausência do acusado, até porque tem o Tribunal Maçônico para julgar e condenar, quando for o caso, o mau maçom, aquele que não merece conviver em paz, união, sinceridade, honestidade e lealdade com o fraterno amor, o grande ideário!
E, que, - sempre precisamos olhar para o passado da Arte Real, reverenciando aos irmãos que nos legaram esta obra sem igual, buscando nos seus exemplos dignificantes a inspiração e o modelo para o nosso viver maçônico.
A Maçonaria com suas Leis, Postulados e Ensinos é Justa e Perfeita!
Escrevo este texto, fazendo uma reflexão pessoal, lembrando que, - as palavras podem convencer alguns, porém, o bom exemplo leva consigo os seres de boa vontade que desejam viver paz, com concórdia, bom ânimo e boa fé, que desejam realmente praticar e viver maçonaria!
Desbastar a própria pedra bruta, para que se ajuste na construção dos futuros Templos Consagrados ao Grande Arquiteto do Universo, é um desafio gigantesco, mas, para que projetemos o futuro, precisamos reformular o presente.
Somos em comparação com o número de habitantes de nossa cidade, do nosso estado, de nosso País, ainda bem poucos.
A seara é vasta, muitos foram chamados, poucos foram escolhidos, e ainda destes poucos, muitos não compreenderam o novo jeito de viver, o renascimento, a nova vida alcançada durante as suas iniciações.
O bom trabalho leva um bom tempo para ser reconhecido.
Mas, isso não importa, porque o fruto do conhecimento é gerado pela árvore frondosa, maçônica, germinada pelas mãos daqueles que semearam na terra fértil do pensamento e do coração dos homens que, como nós buscamos - a sabedoria.
Para que a grande Potencia e as pequenas Potencias se reconheçam mutuamente, é preciso que todos os maçons usem, - a temperança, o amor que, manuseia a trolha para eliminar as imperfeições do conjunto da grande obra!
A compreensão de que somos diferentes, individualmente, e a consciência de que ninguém está livre de precisar de um irmão, tanto na vida profana como no viver maçônico, deve sempre ser lembrado. 
Porque o futuro é incerto e justamente alguém, algum irmão maçom que no presente desconheçamos, não o reconhecendo como tal, poderá ser justamente ele, que fraternalmente nos reconhecerá e auxiliará, nos socorrerá.
Pensemos nisso!
  
Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º


















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