Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

A CORUJA REPRESENTA UM SÍMBOLO MAÇÔNICO?



Não encontramos na ritualística e na liturgia maçônica nenhum postulado que se refira à figura da coruja como uma das suas tantas simbologias, entretanto, o povo grego a considerava um simbolo de sabedoria, porque, viam a noite como um momento especial para a introspecção em busca do conhecimento e o desenvolvimento do pensamento filosófico.
Como sabemos, a Arte Real engloba em seus conteúdos, conhecimentos e tradições de diversas culturas dos povos da antiguidade. 
Da antiga Grécia podemos citar as três colunetas, Dórica, Coríntia e Jônica.
Com relação a coruja, procuro instintivamente, fazer uma correlação entre o que estou sempre aprendendo com a Maçonaria e com o que vivo diariamente no mundo terreno, profano, assim sendo, faço comparações, entendendo que a ciência do ensino maçônico, se adapta, servindo de modelo de pensamentos, de raciocínio e atitudes em todos os momentos do meu viver.
Com relação à coruja, vivi uma experiência bem interessante, que, passo-vos a relatar: 
  Quando eu era menino, ouvia pessoas dizendo que o piado da coruja seria um mau agouro, pois, sempre prenunciava, anunciava a morte de alguém na vizinhança, inclusive, uma senhora de idade, certa vez perguntou para a minha mãe, será que o vizinho novo é maçom? 
E se justificou, - depois que este homem veio morar por aqui, toda a noite tem uma coruja piando trazendo algum infortúnio, vou convidar a vizinhança pra fazer uma novena, não queremos o diabo rondando por aqui.
Imagine, um menino ouvindo isso, certamente, ficaria receoso, com medo e eu realmente fiquei.
E o novo vizinho era maçom!
Porque saía de casa trajando um terno preto, sempre com uma pasta preta, e assim, embarcava no seu carro uma vez por semana, certamente para o encontro com outros maçons; tinha gente que ficava espiando, rezando e fazendo o sinal da cruz.
Porém, surgiu na época a gripe asiática, no fim da década de cinquenta, e o homem maçom era médico, e começou a socorrer toda a vizinhança.
A senhora de idade, com a febre muito alta, delirava, e quando o médico maçom foi socorre-la, ouviu-a dizer, - eu falei que a coruja ia trazer desgraça, pois trouxe o maçom e esta epidemia, todos nós vamos morrer.
Eu estava lá, na companhia da minha mãe, e ainda lembro das feições daquele irmão maçom!
Um homem de meia-idade, simpático, prestativo, paciencioso, que nada falou, apenas, receitou uma poção, especie de formula medicamentosa e na hora ministrou à velha senhora um medicamento para baixar a febre.
Passados uns dias, e a velha senhora, a dona Doca, falou para minha mãe, - pois não é que o tal maçom me curou?
A minha mãe que era membro da Igreja Metodista, respondeu-lhe, - na verdade, eu não quis discutir com a senhora, mas, o pastor da minha igreja é maçom.
E, continuou, - quando meu filho aos quatro anos teve pleurisia, e estava correndo o risco de sofrer de tuberculose, os maçons forneceram remédios e até a internação no hospital para ele ficasse curado. (Naquele tempo não havia o sistema único de saúde.)
Eu lembro que entre dez ou doze anos, eu tomei as vitaminas que os maçons enviavam através de suas esposas, hoje sei, são as nossas cunhadas. 
Havia um complexo vitamínico, poliplex, um xarope doce, parecido com o sabor do mel, e assim, a palavra maçom, representava, na minha inocência algo muito bom, doce!
O tempo passa e a gente esquece, ou não lembra como deveria lembrar de certos fatos, porém, muito tempo depois, na minha iniciação, me foi mandado saltar, pular no vazio, no desconhecido, quando senti medo, lembrei imediatamente, que a palavra maçom, significou para mim, lá na minha infância um sabor doce, agradável, e, assim, decididamente, pulei em direção ao renascimento!
Na verdade desde, a minha iniciação, fui observando melhor tudo que acontecia e o que acontece ao meu redor, sempre tentando me aperfeiçoar como ser humano e como maçom, e assim, a minha vida hoje em dia está intrinsecamente ligada a rica simbologia esotérica que a Maçonaria prodigaliza.
Cada vez e a cada dia me dou conta do quanto preciso aprender! 
Quanto a coruja, como já me referi, não é um símbolo maçônico, porém, ela é um símbolo milenar de sabedoria, qualidade que todos nós almejamos conquistar, e assim, nos faz recordar e constatar que, certas críticas depreciativas, até maldosas e negativas, fazem parte da ignorância que alimenta o desconhecimento humano.
E, que, nós maçons em certos momentos em que nos acusam, o melhor a fazer é permanecer em silencio, a exemplo do saudoso médico, irmão maçom, que ao ser acusado, com sabedoria! 
Preferiu a boa ação, dando o seu melhor, o seu exemplo!

Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º










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1 comentários:

  1. Eé...hoge sai viztar um vélho sobrado que pertenceu a parentes meus.ja foi doado ao patrimonio histórico.Diziace que o dono era maçonico...tive previlégio de conhecelo quando ainda eu éra guri.
    E na minha vizita observei uma curuja me observando na sua calma sabedoria...centi um clima de renacimento de um novo tempo.
    No sobrado vélho do ...Jás capitão João silva.
    Por isto a pesquiza sobre a coruja.
    Não sou maçonico...mas gostaria de ser.

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