QUANDO ACONTECERÁ O PLENO RECONHECIMENTO DA MULHER NA MAÇONARIA UNIVERSAL?

As mulheres nos dias atuais vivem diariamente no mesmo espaço ocupado pelos homens em todas as áreas do conhecimento e do trabalho que envolve o progresso e os avanços, sociais, científicos, educacionais, culturais, espirituais, da humanidade.

As Leis que regem o nosso País, colocam as mulheres em absoluta igualdade de direitos e obrigações em relação aos homens.

Quando a Maçonaria Universal, inclusive, respeita e acata as Leis vigentes no País onde está estabelecida.

Pesquisei, como um homem maçom especulativo, que busca conhecer a verdade que a história registra e os motivos do cerceamento que foi, e ainda é determinado pela Glui-Grande Loja Unida da Inglaterra, quanto à participação das mulheres na Maçonaria Universal, porque em contra-partida, o Grande Oriente da França, não coloca objeções quanto a mulher pertencer aos Quadros de uma Loja Maçônica. 

Encontrei, então, no site da Grande Loja Feminina do Rio Grande do Sul - http://grandelojafemininars.blogspot.com.br/p/maconaria.html.

Argumentos bem consubstanciados, que esclarecem os porquês da proibição da mulher "não poder fazer parte dos Augustos Mistérios Maçônicos", quando, copiei, do site acima citado, apenas uma pequena parte do texto, que é extenso e muito esclarecedor, o qual recomendo a sua leitura em sua íntegra, quanto a esta controvérsia, que afirmo, me surpreendeu pelas citações fundamentadas que reportam-se ao início, aos primeiros passos da Maçonaria Especulativa:

Após haver passado o período Inquisitório, onde as mulheres já estavam mais em segundo plano na sociedade, surgiu o primeiro documento escrito com a proibição. No Livro das Constituições, publicado em 1723, por James Anderson, presbítero Anglicano (tudo indica que ele tinha horror á mulheres) e Primeiro Grande Vigilante da Grande Loja de Londres. Diz que: ”As pessoas admitidas a fazer parte de uma Loja, devem ser boas, sinceras, livres, de idade madura; não são admitidos escravos, mulheres, pessoas imorais e escandalosas, mas exclusivamente as que gozem de boa reputação”(Landmark 18). Esta proibição após escrita, foi compilada por Mackey em sua enciclopédia, os Landmarks.

Mesmo sabendo que a mulher naquele período não gozava de direitos políticos, ainda assim não existem motivos concretos para tal proibição. O curioso é que neste período a Maçonaria passava de Operativa para Especulativa, ou seja, fato que deveria contribuir para o fim de todo o tipo de preconceito. Notemos ainda que o mesmo artigo que proíbe mulheres proíbem negros, escravos, deficientes físicos. Nos dias de hoje não existem mais escravos, a maioria das Lojas é aberta a pessoas mais humildes e de pouco recursos. Então para que ignorarmos o fato da mulher ser maçom, e continuarmos com os olhos vendados e ignorarmos uma história tão antiga?

Deixo aqui registrada a minha modesta e sincera opinião, porque tenho acompanhado várias manifestações de Irmãos Maçons descontentes com o rumo que a Maçonaria em nosso País está seguindo, quando muitos estão desiludidos com fatos que acontecem, que, deturpam completamente os sãos princípios da Arte Real, onde tem predominado, as vaidades, o orgulho, o ter em primeiro lugar, que levam para dentro da Oficina de Trabalho, as ostentações profanas impostas ao Templo da Virtude, tentando substituir a humildade, o aperfeiçoamento pessoal, o altruísmo, o fiel serviço em prol do bem maior que possa ser vivido e praticado para o bem da humanidade e para a Glória do Grande Arquiteto do Universo!

Hoje temos no Brasil, muitas Lojas Maçônicas mistas e femininas, precisamos dar o nosso apoio e com humildade e boa vontade, quem sabe, aprendermos e trocarmos conhecimentos com as nossas Irmãs Maçons, que num tempo antigo, foram as Sacerdotisas que Iniciavam homens corajosos  fortes e fieis nos Sagrados Mistérios.

Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas 33 º  

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