Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

AS QUATRO BORLAS NA MAÇONARIA



As Quatro Borlas de uma Loja Maçônica

As Borlas de uma Loja Maçônica, nela, se inserem de uma forma não visível aos olhos dos Irmãos presentes, como tantos outros Símbolos que ali  estão e são oportunizados ver.
O Rito Escocês Antigo e Aceito enfatiza de modo especial as Quatro Borlas de uma Loja Maçônica, como Virtudes imprescindíveis ao bom viver maçônico, inclusive, possíveis de ser vividas no mundo profano.
 As quatro figuras constantes na imagem acima inserida são uma demostração simbólica, emblemática,  dessas Quatro Borlas.
Tenho procurado aqui, transmitir conhecimentos maçônicos de uma forma simples, facilmente de ser compreendida, pois, os inimigos da Arte Real, geralmente, certos líderes religiosos que, através da internet, ou, em contato com os seus fiéis seguidores, - procuram acirradamente, deliberadamente, denegrir, combater, deturpar a Maçonaria, como se esta fosse uma obra do diabo.
Faço estas considerações porque no Oriente onde vivo, aqui na minha Região, é muito comum, que pessoas mal informadas, cheguem até se afastar de alguém que seja maçom, e que este, mesmo sendo discreto, em ocasiões em que a Maçonaria é acusada de fatos que não pratica, sempre a defende, como, nos casos em que, - um homem profano, porém, livre e de bons costumes, que crê em Deus, trabalha e protege sua família, esteja sendo vítima das más informações que recebe, ou recebeu e assim, critica algo que não conhece.
Há alguns anos, eu saia para ir a uma Sessão em minha Loja, e lá em casa estava um vizinha visitando minha esposa, e me viu de terno preto, com a minha pasta onde estavam meus paramentos, me perguntou, - seu Orlei, o senhor é pastor, qual a sua igreja?
Eu, - naturalmente respondi a ela, - sou maçom.
A coitada teve um acesso, ficou lívida, e me disse, então o senhor é da igreja do diabo?
E concluiu, - me desculpe, vou embora, e saiu até sem se despedir da minha esposa.
Não demorou acabou se mudando dali de perto e nunca mais nos cumprimentou, até porque falou que o seu esposo tinha pavor dos maçons, porque sendo empresários, entregavam seus funcionários ao diabo em troca de riquezas e poder.
Desta forma, entendo que a VERDADE precisa ser pregada, demonstrada!
Vivemos um tempo de tantas mentiras e controvérsias.
A Maçonaria é oculta ao mundo profano, em suas Oficinas de Trabalho.
Porém, ninguém deve desconhecer ou temer a Maçonaria!
Neste aspecto, faço aqui uma reflexão, através de uma pergunta:
Quantos Irmãos que se submeteram a Iniciação Maçônica, imaginando, simplesmente, ganhar apenas riqueza material e o poder terreno?
Estes, geralmente, não estudam, não aprendem nada!
Mais tarde, sentem-se frustrados, e criam muitos problemas em Loja, são indisciplinados, querem impor seus vícios e seus maus costumes, bem escondidos, até que, - geralmente, - ao serem exaltados  Mestres, quando daí em diante, provocam discussões aleatórias, fofocas, conversas de corredor, motins e rebeliões, difíceis de ser contidas, até porque, se julgando superiores, querem abandonar a Loja e a Potencia que os acolheu fraternalmente, para que participem da "maçonaria maior", pois, - um mau maçom, lá de fora, profanamente, o estimula a isso, com o intuído de prejudicar a Potência ainda menor em número de Lojas, em número de Irmãos, mas que pratica fielmente, - a Verdadeira Maçonaria.
Então, as Quatro Borlas da Loja, precisam ser sempre lembradas, estudadas, analisadas!
Por todos que desejam participar da expansão desta Obra Sem Igual, - A Maçonaria Universal!
É nesta amplitude grandiosa que, - a liberdade de pensar e de se expressar, me permite expor a minha ideia, o meu parecer, neste, e outros assuntos que já abordei aqui.
Porque, o Esquadro me demonstra, - as medidas do mundo em que vivo, onde existem limites, tanto de expressão como de vivência maçônica e profana.
E o Compasso me demonstra que o conhecimento maior, abrangente, provem da espiritualidade, porque Deus, o Grande Arquiteto do Universo, é Espírito, e Tem O Infinito Poder e a Infinita Sabedoria, tão bem delineados de forma Justa e Perfeita no Livro da Lei, A Bíblia Sagrada!
Nas figuras acima gravadas, a primeira da esquerda para a direita, conservando a ordem do desenho acima, cito a primeira Virtude das Borlas, as Quatro Virtudes Cardinais, - A Temperança.
Nos é demonstrado, a sublime mistura, a sublimação do conhecimento, capaz de ser transmitido, com cuidados, pois, como o exemplo da mulher ali simbolizada, a qual, despeja o líquido de um cântaro para o outro sem derramar o precioso líquido, - porque o conhecimento precisa ser oportunizado a quem esteja realmente imbuído, aberto, sinceramente disposto a recebe-lo, para que não se jogue pérolas aos porcos, porque, eles não entendendo o seu valor, voltar-se-ão contra quem não soube avaliar a ignorância que produz a maldade e a destruição.
Também que a Temperança precisa estar conosco, em todos o momentos, para que sejamos verdadeiros Obreiros da Paz, do Fraterno e Solidário Amor, - sem discriminações e sentimentos de superioridade, aviltantes, pela tentativa de impor a nossa vontade, tantas vezes, fruto da nossa vaidosa arrogância.
A segunda figura, seguindo a mesma ordem e mesmos valores, - A Prudência.
A Prudência é a companheira fiel de quem caminha no dextrogiro, com o passo certo, observando a Ritualística e a Liturgia Maçônica, com respeito à dignidade e a inocência, alheias, tão vulneráveis à mentira, à inversão dos valores, - Pátrio, Família e a Crença em Deus, porque é preciso que cada Maçom, observe bem, aquilo que fala, aquilo que pratica, e se analise se está com humildade, boa fé, sinceridade, praticando, - o Trinômio Maçônico: Liberdade Igualdade Fraternidade.
O ser Prudente não se engana facilmente com adulações fingidas e interesseiras, com falsas verdades, frutos das mentiras repetidas que, apenas numa mera e superficial aparência, - pareçam ser verdades.
A Prudencia livra o maçom, e o profano, - das ciladas, dos perigos ocultos em cada nova esquina do caminho a ser percorrido.
A terceira figura, seguindo a mesma sequência, ordem e valor, - A Coragem!
A Coragem é o farol a iluminar o futuro da Maçonaria!
Pois, se temos o presente, e se há esperança no futuro, - foi porque no passado, - existiram homens sem medo da opressão e da tirania, sem medo da morte e que arriscaram espontaneamente suas vidas, para que hoje possamos nos reunir no Templo, exercitando o conhecimento, o aprendizado e convivendo com as nossas fraternas companhias.
Pior que a covardia, - antítese da Coragem é a indecisão, a inércia, de quem não participa, porque tem medo de errar, ou porque prefere o comodismo, esquecendo-se que é através da tentativa de acertar que o erro acontece, e sempre que se erra por falta de conhecimento, porém com as melhores intenções, - sempre nos serão prodigalizadas novas oportunidades.
É preciso Coragem para persistir sempre!
Coragem, porém, - não é sinônimo de teimosia.
O teimoso, tal qual o indeciso, não tem noção do tempo em que vive, não se dá conta de que é preciso Coragem, para admitir se despojar de conhecimentos enganosos, dos velhos conceitos pessoais, que o mantém retrogrado ao progresso e a evolução, - que sempre acontece, - pelo estudo e a prática evolutiva das ciências humanas que sejam voltadas a conhecer a Infinita Sabedoria das Ciências provindas de Deus, o Supremo Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.
O presente seculo está a nos exigir Coragem!
Ou lutamos com coragem para que a Maçonaria Universal não pereça em seus Princípios Milenares, e se ordene cumprindo com fidelidade todos os Seus Fundamentos; se adequando aos tempos modernos, ou, - os nossos descendentes a conhecerão apenas, através dos livros de história, - como tantas outras Ordens Iniciáticas e Sociedades Fraternas que se perderam no tempo.
A Quarta, a última Borla emblemada no traçado acima à direita, - A Justiça!
Todos sabemos que a justiça humana é falha, é imperfeita.
Inclusive, o nosso julgar, mesmo feito com as melhores intenções, quantas vezes erramos?
Precisamos então, da prática constante, permanente, da auto-crítica sincera, que nos aponte e nos permita julgar sempre em primeiro lugar, - os erros que cometemos, injustos, pela imperfeição do nossos julgamentos dos outros, do outro, - seja um Irmão Maçom, seja um Profano.
Precisamos ser indulgentes, com as falhas alheias, porém, isto não significa que sejamos coniventes com a mentira, com atos de corrupção e a falsidade.
Desta forma, maçonicamente a prática da Justiça, significa honrar e cumprir os direitos que as Leis Humanas determinam, sempre dignificando acima de tudo as Leis de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, impressas, gravadas, inclusive, na consciência humana, onde a solidariedade fraterna e amorável, nos aponta:
Não façais aos outros aquilo que não quereis, - vos façam.
Desta forma, podemos afirmar, - façamos aos outros tudo aquilo que esteja ao nosso alcance, - no sentido de promover o bem comum, sem fronteiras, sem preferências excludentes, sem espera de retribuições humanas, porque o Olho que Tudo Vê, no momento certo, no Seu Tempo, - determinará que sejamos premiados pela Maçonaria que, - jamais esquece dos Filhos da Viúva, e sempre nos auxiliará e nos amparará em todos os nossos justos anseios e reais necessidades.

Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'.I.'. 33 º






























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