A Maçonaria Universal em seus postulados determina que, entre outras qualidades, o maçom seja um homem livre e de bons costumes.
Neste aspecto precisamos fazer uma reflexão, refletir bem, até porque, - o Maçom, - é um livre pensador.
Então, quais serão os bons costumes?
Será a abstenção, não fazer uso de bebidas alcoólicas, não fumar, comer sempre preocupado com uma dieta alimentar sempre bem balanceada?
Ou, a questão se refere apenas aos bons costumes morais,comportamentais, intelectuais, espirituais?
Na verdade, para aquele que, ainda não seja um maçom, ou não venha a ser, o fato, de ser uma criatura humana - correta em suas atividades diárias, ter um trabalho honesto, ser provedor, protetor e agregador de sua família, - portanto, possuidor de virtudes que o distinguem entre os demais cidadãos da comunidade onde vivem; porém, para o maçom, - todas estas boas qualidades, estas virtudes, - são deveres a ser fielmente cumpridos!
É preciso que, consideremos, - todos nós maçons temos o dever de ser humildes, tolerantes, temperantes, moderados, - conscientes de nossas imperfeições!
A nossa pedra bruta precisa do nosso próprio e individual desbaste das arestas de nossas imperfeições e do polimento diário das nossas inerentes qualidades, e das que, - maçonicamente formos adquirindo, conquistando.
Aquele que aprecia uma cerveja, um vinho, uma bebida destilada, que o faça sempre com moderação, medindo com sua régua de 24 polegadas até quando e quanto pode beber sem causar estragos ao próprio organismo, sem criar problemas, discussões que possam quebrar a harmonia familiar, fraterna, enfim, possa denegrir a sua imagem, a sua reputação ante aqueles que o admiram e desejam conviver em paz fraternal, sem contendas e discussões inócuas, ou pior, - as que possam provocar inimizades, muitas muitas vezes, irreconciliáveis.
Recordo aqui, as palavras do apostolo Paulo, o maior divulgador do cristianismo na antiguidade, que, certa vez, consciente de suas fragilidades, escreveu, - as coisas que desejo fazer, não as faço, porque os meus erros e minhas imperfeições estão sempre diante de mim.
Desta forma, temos que individualmente nos vigiar, deixando de lado o orgulho, o sentimento de superioridade aos demais Irmãos Maçons, aos demais seres humanos, assim como, também entendendo que, temos poder sim, porém, que este poder é o de buscar diariamente o nosso aperfeiçoamento, sendo rigorosos conosco mesmo, e indulgentes, moderados e temperantes, com as falhas alheias!
Conheci um verdadeiro Irmão Maçom que muito me ensinou com o seu exemplo moderado, fraterno, paciencioso, e, que, sempre me chamava à atenção quando ele me dizia, meu caro, - me dê um cigarro, me deu vontade de fumar um, e fumava tranquilamente, e, quando eu lhe oferecia outro, ele sempre me dizia, - deixei de fumar, dominei a minha vontade, hoje, fumo quando quero, lá de vez em quando, simplesmente, para poder me conscientizar que não me deixo dominar por nenhum vício!
Tenho saudades deste Irmão Maçom que me visitava ou nos sábados ou nos domingos, e que muito me ensinou com seu exemplo, e, que pretendo publicar aqui, futuramente, um texto dele, que é além de Maçom 33 º, também é um brilhante jornalista, agora adormecido em suas atividades maçônicas e laborais, porém, sempre lúcido, um grande exemplo!
Muito digno que deve ser sempre seguido!
Portanto, neste aspecto, o segredo dos Maçons é de ser possuidor da Humildade, da Temperança, da Tolerância e da Moderação!
Pois o escopo da Maçonaria Universal é o de tornar Feliz a Humanidade.
Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º
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