A Maçonaria é uma Ordem Fraterna Iniciática Mundial.
Tem suas Leis, primeiras, fundamentais, - os Landmarks, estabelecidos desde 1717
Todo o maçom desde a sua Iniciação nos Augustos Mistérios começa a entender, compreender e aceitar de livre e espontânea vontade, todos os compromissos que terá de acatar, assumir e cumprir, trabalhando diariamente, para que seja realmente digno de ser reconhecido como um irmão maçom.
Fora deste contexto, sinceramente, fica bem difícil compreender o porquê de tantas separações, tantas exclusões, sem um prévio exame, daqueles que não são "reconhecidos" pela potencia que se julga a dona maçonaria universal.
Ora, a maçonaria tem uma história gloriosa, quando, - sempre prevaleceu o combate à toda dominação, seja, dogmática, sectarista, exclusivista, racial, escravagista, sempre propugnando pelo livre pensar, pela plena liberdade do oprimido, - preso nas masmorras da ignorância dos que sempre pretenderam se assenhorar, dominar, socialmente, economicamente, culturalmente, todo, os povos do mundo conhecido nos idos tempos.
Desta forma, fico pensando:
Qual o tipo de maçonaria que estamos vivendo nos dias de hoje?
Irmãos maçons confundindo Loja Regular com Loja Reconhecida.
E as que foram consideradas Espúrias?
Loja Regular é a que tem um local próprio para efetuar suas Sessões, tem horários previamente fixados, estabelecidos, procede sindicâncias quando pretende iniciar e formar em suas fileiras novos irmãos, adota um ou mais Ritos e segue com fidelidade seus princípios; tem também, a devida autorização de funcionamento fornecido pela Potência a qual está filiada, jurisdicionada, e a Potencia tem sua Carta Constitutiva, fornecida por outra Potencia que, anteriormente, também a obteve de acordo com vários dos XXV Landmarks, nos quais existam referências a este assunto.
Li num dia destes, um convite para o estudo de um Rito, quando no final, li:
O presente convite se estende apenas às Lojas Regulares.
Deveria estar escrito ali: Apenas as Lojas por nós Reconhecidas.
Como alguém, algum irmão maçom, pode excluir outros irmãos maçons, que não estejam no rol da poderosa potencia que, - se julga dona da Maçonaria Universal?
O quê estamos vivendo nos dias atuais?
Como pode, - irmãos maçons sendo fieis a uma potencia excludente?
Eu acredito e quero viver a Maçonaria que foi tão duramente resistente, e, - resistiu!
Aos usurpadores da liberdade, da verdade, do trabalho diligente, eivado de tantos sacrifícios pessoais em torno do bem comum.
Faustuosos Templos!
Para que servem?
Para as exaltações das vaidades?
Para conchavos políticos corruptos, malvados?
Para a dominação dos mais fracos, oprimidos e ainda ignorantes?
Para a promoção de perseguições aos contrários de seus interesses pessoais, muitos inconfessáveis, tramados, urdidos, - em segredo juramentado?
Para a discriminação exposta e sem pudor, - tal como uma fratura engangrenada?
Não dá pra calar!
Vistosos paramentos, condecorações vazias de conteúdo.
Porque não se justificam no mundo profano, - porque não tem serventia nenhuma.
Não são os mesmos, infelizmente, - os exemplos dignificantes como os do passado, - dos irmãos maçons que tudo sacrificaram, muitos anonimamente, inclusive, doaram suas preciosas vidas, - para nos legar esta Obra Sem Igual consagrada ao Grande Arquiteto do Universo!
De que adianta, no Templo, os agraciados, em magnos, - momentos atuais, com tais "honrarias", se, apenas servem para "decorar as paredes mal polidas da maçonaria praticada nos momentos em que vivemos", no âmbito de tantas dificuldades, de tanta imoralidade, de tantas mentiras, corrupção, violência, e, - tantos e contumazes maus costumes?
Deixo aqui, humildemente, o meu pedido:
É preciso que todos nós irmãos maçons façamos uma cuidadosa reflexão!
Ou cultivamos a virtude de ser fiel ao verdadeiro Espírito da Maçonaria Universal, ou, seremos vários grupos, que se reúnem semanalmente, para ouvir belos discursos, eloquentes, vibrantes, bem articulados!
Que exaltam o passado dos nossos irmãos que, - hoje repousam no Oriente Eterno!
Mas que, hoje, apenas, - projetam a Maçonaria Universal do presente ao calabouço do desaparecimento, do desconhecimento futuro, das gerações que virão depois de nós!
Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'.I.'. 33 º
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