Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

O MUNDO PROFANO E O MUNDO MAÇÔNICO



Inicialmente, quero considerar o significado das palavras: mundo e imundo. 
A palavra, mundo, significa algo limpo, em estado de pureza natural.
Imundo é algo sujo, impuro.
Desta forma, quando nos referimos ao mundo profano, entendo que, ele é o mundo natural, com suas batalhas pela sobrevivência, com a sua incrível diversidade, com tantas raças, tantas culturas, tantas formas de vida, além da vida humana que se diferencia das demais, pelo poder de pensar, falar e trabalhar.
O mundo maçônico está inserido no contexto do mundo profano, desde os tempos imemoráveis, pois, à partir do momento que, alguns seres humanos começaram a trabalhar pedras brutas, em seu estado natural, adequando-as, mais tarde, desbastando-as, para que se ajustassem na construção de habitações e muros que lhes servissem de defesa contra as intempéries e o eventual ataque dos seus inimigos tribais, quando, evoluindo, construíram fortalezas, castelos, pontes, e lindas catedrais.
Um fato que não podemos deixar de observar e salientar, é que os homens primitivos foram aprendendo que precisavam se juntar em grupos, pois a sobrevivência da individualidade em si mesma, seria impossível, quando foram se organizando em agrupamentos, comunidades, auto-divididos por segmentos: de guerreiros, artesãos, pedreiros construtores, agricultores; quando surgiram os profetas condutores e divulgadores da vontade Divina, e, os místicos, os magos alquimistas, observadores dos astros nos céu e que também, buscaram conhecer estudar os quatro elementos da natureza: a terra, o fogo, o ar e a água, que, lhes possibilitaram por exemplo descobrir, o aquecimento da água através do fogo; a terra que ao acolher a semente, possibilitava a sua germinação, através da sua energia vital; o ar que embora invisível, mantinha a chama de uma tocha acesa, e que sem o ar, o fogo se extinguia; a água, fonte vital, era fundamental para diluir substâncias, e que a água se desmembrava em três estados, líquido, gasoso e sólido quando gelada. 
 Os povos primitivos, sempre tiveram um líder que os comandassem, guiassem, em suas atividades laborais, em suas defesas e na busca por novos espaços; também, quanto às suas necessidades espirituais.
Com o tempo surgiu a Maçonaria Operativa cujo escopo foi o de conservar em segredo, o conhecimentos adquiridos através de experimentos alquímicos, e de forma evidente, guardou hermeticamente, as técnicas de construção de obras tão belas, tão sólidas e seguras, tão perfeitas em suas estruturas formadas por ângulos retos, curvaturas e traçados perpendiculares, oblíquos, além dos ricos ornamentos trabalhados em metais preciosos e madeiras nobres, apropriadas ao entalhe.
Hoje, desde 1717, vivemos a Maçonaria Especulativa!
Confesso que ao escrever o presente texto, me permitiu refletir sobre a evolução humana, e a importância do Legado da Maçonaria Operativa, quanto ao progresso feito, através dos tempos.
Como maçons especulativos, estamos mantendo os segredos, as ricas tradições, e a crença em um Ser Superior, da Arte Real com o mesmo esmero, cuidados e dedicação dos maçons operativos?
A exemplo dos trabalhadores da construção do Templo de Salomão, estamos desbastante as nossas pedras brutas, longe do nosso Templo, para que o silencio promova e propicie o fraterno e amorável contato entre todos os irmãos, sem o ruído das queixas e das críticas desconstrutoras do bem comum?
Ou, estamos permitindo e até colaborando, mesmo que, instintivamente, para que o mundo profano e suas ideologias que mascaram a verdade, se insiram no mundo maçônico de um modo tão marcante e negativo, a ponto de permitir que conceitos que exaltam o poder pelo poder, à qualquer custo, penetrem, insolentemente, sem repeito: a Ordem, a Disciplina e a Obediência no Interior Sagrado dos nossos Templos da Virtude?
Pensemos!
Façamos uma reflexão!


Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 °





















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