Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

UMA HUMILDE, SIMPLES E RUDE APARÊNCIA PODE PRODUZIR ENGANOS !



Um  mestre experiente e valente guerreiro, cansado de conviver com contendas e destruições desnecessárias, que, abalavam principalmente, o interior do grupo fraterno ao qual pertencia, depois de refletir bem, resolveu abandonar aquela fortificação, pois, - decididamente não estava lhe contentando, lhe trazendo a paz que o seu espírito almejava e tanto necessitava.
Decidiu então, conhecer novos lugares, para que pudesse concertar a sua própria pedra bruta lá no recôndito do seu eu interior.
Depois de longa caminhada, encontrou um castelo abandonado.
Reconstruir, fazer de novo!
Ah! Ele estava bem acostumado!
Trabalhou muito, concertando, tornando habitável o lugar.
Por ali passavam muitas pessoas, sendo que alguns irmãos que tinham a sua mesma origem, foram visitá-lo quando foram convidados a permanecer ali com ele para a completa reconstrução do lugar.
Traçaram juntos muitos planos para formar ali no local, uma nova comunidade fraterna.
Havia entre eles uma grande expectativa de futuro.
Depois de um certo tempo, o velho mestre guerreiro, remexendo na torre do castelo, buscando conhecer algum indício que revelasse a origem daquele local, encontrou três mapas que conduziriam até a um grande tesouro. 
Mostrou aos irmãos os mapas, os quais, ficaram muito entusiasmados.
Os antigos irmãos e amigos, eram em número de três e tiveram tempo, para escondidos, examinaram bem os três mapas encontrados, quando um deles falou, - dos mapas encontrados, vamos deixar aqui, neste lugar feio e tosco, apenas um, que deve ser falso, -  pois, não tem nas imediações nada que coincida com o que é mostrado, nesta região montanhosa.
E, os três, reunindo outros homens que os acompanharam nos seus intentos, furtivamente, se mandaram dali.
O guerreiro de início ficou triste, porém, sem desanimar, procurou manter-se calmo, porque não abandonaria aquele lugar que havia lhe feito muito bem.
Dias depois, olhando bem o mapa que ficou, descobriu que o tesouro, caso existisse, na verdade, estaria escondido no subsolo. 
Porque o mapa retratava as antigas estruturas do velho castelo.
Agora ele teria que, sozinho, trabalhar em segredo, pois, em quem poderia confiar no momento?
Depois de muito escavar, ele descobriu, um antigo Templo!
Nele havia muitos livros de ensinos secretos, ocultos, cujos significados, ele os conhecia esotericamente, inclusive,  uma Bíblia, o Livro da Lei de Deus, quando num gesto reverente, abriu-o, numa página, onde  vislumbrou um versículo tantas vezes lido, que lhe chamou à atenção: 
Oh! Como é bom e agradável que os irmãos vivam em união. 
Emocionado, sentiu a egrégora formada, preservada, conservada, energeticamente, através do tempo, pelo mais puro, fraterno e imperecível amor dos irmãos que se reuniam naquele local sagrado, agora, irmãos invisíveis, que, - há muito tempo, ali, haviam habitado.
Sentiu intensamente, a Majestosa Presença do Grande Arquiteto Universo!
Perfilou-se e encurvando-se um pouco, e saudou-O, ritualisticamente.
Agora, o guerreiro, não estaria mais sozinho, contudo, teria uma árdua e difícil missão, a de reconstruir aquele Templo tão antigo, tanto no aspecto físico em suas dimensões e ornamentações, como também, iniciar novos irmãos na Arte Real. 
A seguir, examinando o espaço oco das duas Colunas de bronze, verificou que no local destinado às ferramentas, havia uma incalculável fortuna em pedras preciosas e moedas de ouro.
Lamentou por aqueles que se foram, desprezando um verdadeiro amigo e irmão, pois acabariam, fatalmente, se perdendo por caminhos escabrosos, sem nada ter e sem nada aprender.
Passado um ano, o Templo estava agora renovado em todos os seus quesitos.
Junto com seus novos irmãos realizaram mais uma Sessão de Iniciação.
Mais tarde o mestre guerreiro, pronunciou: Ó Senhor meu Deus! Sois o Supremo Arbitro de todos os mundos e todas as coisas!
Vos agradeço!
Porque o aprendizado é difícil!
E, quanto mais vivo e estudo buscando caminhar, conhecendo a trilha que conduz à Sabedoria da qual Sois o possuidor, mais me dou conta de que sempre serei um eterno aprendiz!

Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'.I.'. 33º










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