Bode

Adormecido

Aos homens livres e de Bons Costumes

OS TOQUES DOS MALHETES E DOS BASTÕES.

Todos os instrumentos simbólicos que se encontram na Oficina de Trabalho, o local onde todo o maçom aperfeiçoa a sua própria Pedra Bruta, têm importância e muitos significados.
Os malhetes no Rito Escocês Antigo e Aceito, formam um triângulo invisível, quanto à localização dos três que são usados pelos vigilantes e o venerável mestre.
É certo que, num acolhedor e respeitoso silencio, ouvimos o irmão encarregado de comandar os nossos ingressos no interior do Templo da Virtude, quando, preparando-nos, procuramos esvaziar as nossas mentes das angústias e preocupações trazidas mesmo que, involuntariamente, do mundo profano, onde na verdade vivemos o maior tempo de nossas vidas, para que possamos mergulhar num oceano de paz e tranquilidade.
O silencio daquele singelo momento, primeiramente, é quebrado pelas batidas do bastão, de acordo com o grau que a sessão será realizada, fato que nos faz refletir, constatar que, sempre devemos trabalhar com disciplina e obediência, acatando de bom grado, com ordem e total respeito à hierarquia dos Cargos em Loja, estabelecidos por nossas Leis.
Nos recorda também, que nos tempos mais antigos, as pedras que seriam utilizadas, eram lapidadas longe das construções, para que os mestres da obra pudessem fazer seus cálculos em silêncio, sem eventuais erros que, futuramente pudessem abalar as estruturas de toda a edificação.
Na verdade, durante uma sessão maçônica, o silencio deve ser sempre mantido, sem conversas aleatórias entre os irmãos presentes, inclusive, sem perguntas e sem interrupções inoportunas.
Neste aspecto a perfeita organização estabelecida, determina que um irmão em Loja, portando seu bastão, chame à atenção, pedindo silencio, quando houver desatenção, através, muitas vezes, de inocentes perguntas que um irmão em dúvida sobre determinado assunto, possa, mesmo em voz baixa, sussurrar uma pergunta ao irmão que lhe estiver ao lado, ou mais próximo dele.
Mas, afinal, por quê as batidas rítmicas dos malhetes e dos bastõs?
Precisamos considerar primeiramente que, somos energias.
E, neste aspecto, cito aqui o apostolo Paulo que escreveu: 
Temos o corpo físico mental e temos o corpo espiritual.
O corpo físico mental provém do pó da Terra, trazendo consigo necessidades puramente carnais, materiais, quando prioriza o conforto, e, como é dito vulgarmente, deseja sempre sombra e água fresca, preferindo permanecer alheio ao esforço, ao trabalho que lhe promova progressos e evolução.
Já o corpo espiritual é invisível aos olhos carnais, é o Sopro da Energia Divina, que produz a vida e que provém de Deus, o Grande Arquiteto do Universo! 
Assim sendo, o corpo espiritual tem a necessidade permanente do contato com o Supremo Criador, desta forma sabe que, - precisa dominar seus instintos animalescos, caracterizados por tantas imperfeições, dominando à vontade de permanecer no ócio, alimentando os vícios, caracterizados   pelas vaidades, pelo orgulho exacerbado, pelo ter em lugar do ser, pelo comportamento inadequado.
Quando permanecemos no Lugar Sagrado e Consagrado para que o maçom exalte seu espírito, buscando o aprendizado da Sabedoria provinda do Olho Onividente que, - permanece silencioso, adornando toda a estrutura esotérica simbólica do Templo, precisamos ser constantemente ser despertados!
É justamente aí! 
Que o som dos malhetes  e dos bastões ecoam!
Abrindo, acordando e fazendo vibrar a nossa glândula pineal para que a visão espiritual predomine, nos elevando até às dimensões cósmicas, presentes simbolicamente na Abóboda do Templo.
Todo o maçom é um livre pensador!
Respeito todas as opiniões, porém, creio que fazer, praticar, atos e procedimentos maçônicos no Templo, apenas cumprindo aquilo que a mecânica da ritualística determina, sem entender, compreender o profundo sentido espiritual que a Maçonaria Universal transmite, quem assim procede, acaba se tornando enfadonho, sem vibração, sem as energias amoráveis e fraternas tão necessárias para o progresso geral da irmandade.
Trabalhemos com o espírito aberto à permanente construção do fraterno edifício, para que possamos realmente, - tornar feliz a humanidade.


Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'.I.'. 33º




















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