Alguns dias atrás, recebi a visita de um irmão maçom adormecido, o qual é meu padrinho de iniciação na Maçonaria.
Conversamos longamente, sobre tudo que vivenciamos no passado, em nossa, ainda, pequena Oficina de Trabalho.
Em determinado momento, ele me disse, - na verdade o conhecimento que obtive, me recompensa por todas as dificuldades que passei, tentando, praticar, transmitir e fazer da Arte Real o foco principal, único, nas sessões maçônicas que comandei.
Ainda, comentou, a fundação de uma Loja Maçônica filiada à uma Potencia situada longe, distante do seu oriente, tem sempre grandes desafios, porque, não tendo um número de Mestres Maçons bem preparados, instruídos de acordo com tempo exigido pelas Leis Maçônicas, daí, solicita a quebra de interstício, e, assim, os maçons iniciados que deveriam passar frequentando a sua Loja como aprendizes, de repente são guindados a Mestre, sem conhecer nenhum dos três graus simbólicos, fato que traz sempre incompreenções quanto à ritualística que, sempre envolve a disciplina, a hierarquia e acima de tudo o cumprimento do dever maçônico, com a devida obediência e acatamento daquilo que é transmitido ensinado pelo Venerável Mestre, o qual, muitas vezes é o único melhor preparado.
Concluímos, juntos, que, na verdade, se a Maçonaria fosse Una, nada disso aconteceria, porque, outras Lojas filiadas à outras Potências, poderiam auxiliar, participando do crescimento da nova Loja, através de mútuas visitações, porém, os tratados de reconhecimentos, impedem uma saudável e oportuna troca de experiências, entre os maçons que residem num mesmo Oriente, ou seja, numa mesma cidade.
O meu irmão e padrinho, ainda me fez lembrar o grande número de irmãos maçons que foram iniciados e que hoje estão adormecidos, devido vários desentendimentos, desencontros de ideias, e atitudes, ainda, inteiramente profanas, que, acabaram por fomentar motins, e o abatimento de Colunas de vários Lojas, pois, muitos que se afastaram esperavam encontrar na Maçonaria um lugar de aprendizado, de paz e de união entre todos os irmãos.
Diante dos fatos constatados, resolvemos juntos, buscar, contactar, propor a alguns irmãos maçons adormecidos, propondo-lhes que reforcemos os quadros da Loja de Estudos, que funcionará através da A.'.R.'.L.'.S.'. União Ordem e Progresso.
É neste aspecto que precisamos considerar:
A Maçonaria Universal é Única!
Seus postulados exigem acima de tudo respeito!
A vaidade, o orgulho, a sede de poder, - têm sido a causa de tantos perjuros que, amotinados longe do Templo, tramam jogar fora, quem poderia lhes tirar a venda da cegueira egoísta e profana.
Maçons apenas paramentados.
Servem como um alerta!
O Olho Onividente, certamente, julgará no seu Tempo que é Infinito, os maus maçons.
A responsabilidade maior, porém, é sempre daqueles que comandam uma Loja Maçônica e os que comandam a Potência na qual está filiada.
Profanos que ingressam na Maçonaria, devido a tantas informações desencontradas, e difundidas através da internet, quando decidem aceitar o convite para que sejam iniciados maçons, no caso de uma Loja pequena, em formação, porém, isolada das demais Lojas Maçônicas pelos motivos anteriormente citados, devem ser devidamente esclarecidos, o quê podem esperar da Arte Real, e o quê precisam fazer, para o crescimento e o pleno desenvolvimento de todos os trabalhos que, uma vez maçons, eles terão sérios compromissos à cumprir, de acordo com as Leis Maçônicas.
Saliento, que na verdade, nos dias atuais, a Maçonaria ainda conserva como segredo, - os modos de identificação dos maçons, e, assim sendo, jamais poderemos revelar este segredo, antes do profano ser iniciado.
Porém, não podemos criar falsas expectativas, ou alimentar falsas idéias e concepções errôneas e ainda as falsas ilusões que um profano possa ser possuidor, apenas para que o número de irmãos maçons aumente em quantidade, fato que certamente, criará contendas, motins, e até a ameaça ou mesmo, o abatimento das Colunas de uma Loja.
Quando distúrbios acontecem, quantos novos irmãos bem intencionados, dispostos aos sãos aprendizados maçônicos, - retiram-se, imaginando, e, na verdade constatando, que, a Ritualísitica é explicitamente presente em Loja, apenas, em sua Liturgia, porém, as vaidades, o orgulho, a sede profana de poder, é, que são verdadeiramente, ali predominantes, e que tudo que é transmitido, ensinado, não passa de meras palavras nunca praticadas!
Construir e reconstruir e tornar a reconstruir tem sido a minha missão.
Assumo os meus erros!
Constatando, aprendendo, que não bastam boas intenções!
É preciso conhecimento, o mais profundo possível, para que se faça cumprir os distâmes das Leis Maçônicas, entendendo, compreendendo, que agrados, preferências, exclusividades, que certos irmãos maçons em determinadas situações venham a exigir, não podem jamais ser aceitas, na tentativa de "acalmar irmãos descontentes, - verdadeiros profanos de avental".
Porém, de uma coisa eu tenho certeza, sempre fui fiel aos meus irmãos maçons, e não permiti, ou concedi, regalias alheias ao aumento de salário, apenas para satisfazer vaidades e imposições inteiramente profanas.
Evoco ao Grande Arquiteto do Universo para que a Luz da Sua Infinita Sabedoria, me torne capaz de conduzir de forma Justa e Perfeita os Trabalhos que de agora em diante, pretendo executar, na companhia fraterna de irmãos maçons experientes e de boa vontade.
E, desta forma, os apenas curiosos, que, - Voltem Atrás!
Pois a Maçonaria sempre exigirá dos novos irmãos maçons, assim como também aos de mais idade maçônica, - enormes sacrifícios no desbaste de suas próprias Pedras Brutas.
Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33 º
ABOUTME
Sobre mim.
0 comentários:
Postar um comentário