Rodrigo Duterte, o novo Presidente das
Filipinas, eleito em maio de 2016, está levando em frente a sua guerra contra
as drogas. Desde 1.o de julho de 2016, mais de 5.900 pessoas já perderam suas
vidas nesta guerra (http://edition.cnn.com/2016/12/12/asia/philippines-death-toll-drug-war/).
Duterte, ex-prefeito da cidade de Davao, sudeste das Filipinas, foi eleito Presidente por ter conseguido reduzir o índice de criminalidade, que era de mais de 100 assassinatos por 100.000 habitantes, para 8. Ou seja, conseguiu promover a PAZ SOCIAL EM SUA CIDADE.
O Presidente diz ter em seu país 4.000.000 de viciados em drogas. É um número assustador, pois equivale a 4.000 viciados por cada 100.000 habitantes. Na maioria dos países do mundo, costuma-se culpar o tráfico de drogas pela crescente criminalidade. Na Holanda e no Uruguai, esta ideia é tão forte que esses países já descriminalizaram a droga na esperança de diminuir a violência. Infelizmente, ainda não há dados que comprovam a diminuição da violência nos países onde a droga foi descriminalizada.
Em Honduras, Venezuela, Colômbia e Brasil, países em que também se culpa o tráfico pelos altíssimos índices de violência, Os índices de assassinatos por 100.000 habitantes são muito altas – Honduras: 84,6; Venezuela: 62 Colômbia: 27,6 e Brasil: 24,6.
É interessante também ressaltar a forte adesão da maioria do povo filipino à guerra que seu Presidente trava contra as drogas. Comparando com o Brasil, verifica-se que aqui não se dá a atenção que tal problema merece, já que a violência não para de crescer, e que rotineiramente temos convivido com uma média de 50.000 assassinatos por ano. Uma pergunta que precisamos responder: desses 50.000 assassinatos quantos são devidos às drogas?
A renda per capta no Brasil é quase o dobro da das Filipinas, e também o índice de assassinatos por 100.000 habitantes em nosso país é 2,48 vezes maior do que a das Filipinas. Ou seja, um povo mais pobre do que o nosso com um índice de violência 2,48 menor que o nosso, e que tem a coragem de apoiar um presidente que está trabalhando para, de fato, reduzir a violência em seu país.
Pessoas de todas as classes sociais nas Filipinas estão apoiando seu Presidente nesta luta contra as drogas, dentre elas cabe destacar Carmen Navarro Pedrosa, eminente jornalista, autora do livro, THE RISE AND FALL OF IMELDA MARCOS (Ascensão e Queda de Imelda Marcos). Carmen foi uma das responsáveis pela queda do Ditador Ferdinando Marcos, das Filipinas, na década de 1980 do século passado.
Tendo em vista ao fato de eu ser o tradutor da obra de Carmen aqui no Brasil, tenho acompanhado de perto o trabalho dela junto ao Presidente das Filipinas, no sentido de levarem à frente esta luta contra as drogas. Em artigo recente, intitulado O SETOR PRIVADO TRABALHA EM CONJUNTO COM O GOVERNO NA LUTA CONTRA AS DROGAS (http://www.philstar.com/opinion/2016/12/31/1658225/private-sector-works-government-drug-war), Carmen receia que a situação das Filipinas chegue a ficar como a do México, país onde a guerra entre traficantes está ceifando muitas vidas. O zelo dos filipinos pela segurança pública contrasta com o dos brasileiros. Lá eles estão querendo evitar que o índice de assassinatos por 100.000, que é 9,9 se iguale ao do México que é 15,7. O nosso é 24,6
Com relação ao comprometimento dos agentes públicos na luta contra as drogas em seu país, Carmen diz:
O problema das drogas nas Filipinas está quase na mesma gravidade do México. Agora eu sei por que Duterte disse repetidamente que todos devem ajudar. Tanto faz se você é um bilionário ou uma vítima pobre. É como eu disse, uma epidemia. Embora a maioria dos filipinos esteja apoiando Duterte, há muito mais pessoas que podem ajudar, especialmente os empresários e até gente da oposição. Eles não serão poupados, se alcançarmos o nível desastroso do México.
Ainda com relação ao apoio da população, ela afirma:
A empresa de investimentos Andrew Tan se juntou à lista de empresas que se comprometeram a apoiar a guerra do governo Duterte contra as drogas.
“A Alliance Global expressa seu total apoio ao programa de reabilitação de drogas do governo. Esta facilidade moderna faz parte da responsabilidade social da empresa em ajudar o governo a acomodar o crescente número de pessoas que se rendem às drogas e a prepará-las para recuperar lentamente suas vidas normais de forma segura e saudável”, disse Tan.
Em contrapartida, as Organizações de Direitos Humanos de todo o mundo, as Nações Unidas e até mesmo o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, puseram-se contra Duterte, sob a alegação que os cidadãos filipinos têm o direito de serem julgados pelo Poder Judiciário de seu país, e que não podem ser simplesmente executados por funcionários do Poder Executivo, sem julgamento.
Além disto, Duterte vem sendo ameaçado de morte pelo crime organizado, a fim de que possam derrotá-lo nesta guerra que ele vem comandando.
Vamos torcer para que o povo filipino possa ter os seus índices de violência reduzidos e que haja paz social naquele país.
Elias Mansur Neto
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