Desde os tempos mais remotos os homens sempre acreditaram num ser ou mais seres superiores, espirituais, e, de acordo com as suas vivências culturais, existências, foram encontrando deuses que os protegessem de todos os perigos e lhes orientasse o caminho a ser seguido.
Compreender essas crenças é essencial não só para entender a tensão étnica e o choque de culturas como também para respeitando as crenças alheias, se tente preservar ou restabelecer a paz no mundo.
Nós maçons cremos universalmente em único Deus e temos no Livro da Lei, o mais importante e significativo instrumento em nossa ritualística, porque sem a sua abertura e leitura em Loja, não se inicia nenhuma atividade no Templo dedicado ao Grande Arquiteto do Universo, Deus.
O Livro da Lei em seu aspecto simbólico, independentemente do Rito que as mais diversas Potencias Maçônicas espalhadas pelo mundo pratiquem, apresenta de acordo com Grau em que a Sessão aconteça, a leitura de parte do irmão orador, de um determinado trecho de suas escrituras.
É através de sua leitura que se inicia e se completa a Egrégora, energia benéfica, invisível, formadora do conjunto harmônico, capaz de proporcionar a todos os irmãos presentes a paz interior, a alegria do convívio através da união do pensamento, do espírito e do amor fraternal.
Apresento-vos a seguir segundo a religião e a crença dos povos que formam os Países nos diversos continentes e regiões do nosso planeta, os seus respectivos credos e o Livro da Lei que ornamenta cada um de seus respectivos Aras, ou Altar dos Juramentos:
1) - Judaísmo é o nome dado à religião do povo hebreu, judeu, a mais antiga das três principais religiões monoteístas (as outras duas são o Cristianismo e o Islamismo).
Surgido da lei mosaica, o judaísmo, apesar de suas ramificações, defende um conjunto de doutrinas que o distingue de outras religiões: a crença monoteísta em YHWH (também chamado Adonai ("Senhor meu Deus"), ou ainda HASHEM ("O Nome"), ao Criador Deus e a eleição de Israel como povo escolhido para receber a revelação da Torá que seriam os mandamentos deste Deus. Dentro da visão judaica do mundo, Deus é um criador ativo no universo e que influencia a sociedade humana, na qual o povo judeu é aquele que pertence a uma linhagem com um pacto eterno com Deus.
Há diversas tradições e doutrinas dentro do judaísmo, criadas e desenvolvidas conforme o tempo e os eventos históricos sobre a comunidade judaica, os quais são seguidos em maior ou em menor grau pelas diversas ramificações judaicas, conforme sua interpretação do judaísmo. Entre as mais conhecidas encontra-se o uso de objetos religiosos como o quipá, costumes alimentares e culturais como cashrut, brit milá e peiot ou o uso do hebraico como língua litúrgica.
Ao contrário do que possa parecer, um judeu não precisa seguir necessariamente o judaísmo ainda que o judaísmo só possa ser necessariamente praticado por judeus. Hoje o judaísmo é praticado por cerca de quinze milhões de pessoas em todo o mundo. Da mesma forma, o judaísmo não é uma religião de conversão, efetivamente respeita a pluralidade religiosa desde que tal não venha a ferir os mandamentos do judaísmo. Alguns ramos do judaísmo defendem que no período messiânico todos os povos reconhecerão YHWH como único Deus e submeter-se-ão à Torá, onde consta o Pentateuco que é a coletânea dos cinco primeiros livros da Bíblia Cristã, porém, o Livro da Lei deste povo é o Livro dos profetas e os Hagiógrafos, pois ocupam um importante papel na adoração judaica e no entendimento de sua Lei.
2) - Cristianismo, tem no Grande Arquiteto do Universo, Deus, o uso da Bíblia Sagrada como o livro que expressa a vontade do Criador,portanto, o Livro da Lei, o qual possui duas divisões muito significativas, a primeira o Velho Testamento, onde narra a história do povo hebreu, inclusive com riqueza de detalhes a construção do Templo do Rei Salomão; também é importante salientar que ali estão presentes os salmos, que segundo a tradição, foram escritos pelo rei Davi, pai do rei Salomão, ao qual é atribuído ser o autor dos Provérbios, Eclesiastes e Cânticos dos Cânticos.
A segunda parte da Bíblia Sagrada apresenta o Novo Testamento dividido em Evangelhos, onde narra o nascimento de Jesus o Cristo, Sua genealogia e toda a Sua trajetória terrena, Sua missão, Sua morte, Sua ressurreição e Seus ensinos, através de Sua própria vivencia exemplar do amor que deve unir a todos os irmãos terrenos. Ainda apresenta o Livro do Apocalipse, onde João o discípulo amado, narra em visões cuja interpretação é muito complicada, o final dos tempos, o fim do mundo.
3) - O Islamismo é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no Século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé(Muhammad), que viveu setecentos anos D.C.e que segundo a crença Islâmica é a palavra literal de Deus(Alá) revelada ao profeta Maomé ao longo de vinte e três anos, o Alcorão.
Cerca de duzentos anos após Maomé, o Islã já se tinha difundido em todo o Oriente Médio, o Norte da África e na Península Ibérica, bem como na direção da antiga Pérsia e a Índia. Mais tarde, o Islã atingiu a Anatólia, os Bálcãs e a África subsariana, que corresponde à parte do continente africano situada ao sul do Deserto de Saara..Recentes movimentos migratórios de populações muçulmanas no sentido da Europa e do Continente Americano levaram ao aparecimento de comunidades muçulmanas nestes territórios.
O Islã é visto pelos seus adeptos como um modo de vida que inclui instruções que se relacionam com todos os aspectos da atividade humana, sejam eles políticos, sociais financeiros, legais, militares ou interpessoais. A distinção ocidental entre o espiritual e o temporal é, em teoria, alheia ao Islã.
O Livro da Lei do Povo Islâmico é o Alcorão.
3) - O Budismo que é uma crença em Deus e uma filosofia baseada nos ensinamentos deixados por Sidarta Gautama ou Sakyamuni (o sábio do clã dos Sakya, o Buda histórico, que viveu aproximadamente entre 563 e
Não existe para os Budistas um Livro Sagrado como a Bíblia dos Cristãos, porém acredita-se que nestes países acima citados o Livro da Lei deva ser o Cânone Pali, elaborado no Sri Lanka após a morte de Buda.
4) - Bramanismo é a antiga filosofia religiosa indiana que formou a espinha dorsal da cultura daquela civilização por milênios. Persiste de forma modificada, sendo atualmente chamada de Hinduísmo.
O Hinduísmo é um conjunto de concepções religiosas, sociais e políticas, oriundo do Vedismo, primitiva forma de religião dos hindus. Suas características principais são: crença na reencarnação, sistema de castas, naturalismo e individualismo. Brahman,(ou Brame), Deus supremo, individual, encarnou-se sucessivamente em Brahma (Brama), Deus pessoal,Vishnu e Shiva, formando a trindade indiana chamada Trimurti. Brahman teve quatro filhos que encarnavam as quatro castas hereditárias.
No século III ou II antes de Cristo, o Bramanismo sofreu uma transformação e passou a ser o Bramanismo sectário ou Hinduísmo. Os princípios do Bramanismo foram estabelecidos pelos brâmanes no Código de Manu, um imaginário personagem considerado o pai dos Árias, inclusive, o nome ariano vem sânscrito, - arya, que significa nobre.
Ao longo do tempo sofreu modificações, desde os primórdios quando era constituída principalmente por fórmulas mágicas de propriedade exclusiva de famílias reais, como se vê nos primeiros livros do Rig Veda, até chegar à sofisticada expressão do Vedanta que é o Livro da Lei deste segmento religioso Indiano.
5) - Sikhismo também é uma religião monoteísta fundada em fins do século XV no Penjab (região atualmente dividida entre o Paquistão e a Índia pelo Guru Nanak (1469 - 1539)
Habitualmente retratado como o resultado de um sincretismo entre elementos do hinduísmo e do misticismo do islã (o sufismo), o sikhismo apresenta contudo elementos de originalidade que obrigam a um repensar desta visão redutora.
O termo sikh significa na língua punjabi "discípulo forte e tenaz".
A doutrina básica do sikhismo consiste na crença em um único Deus e nos ensinamentos dos Dez Gurus do sikhismo, recolhidas no Livro Sagrado dos sikhs, o Guru Granth Sahib, é considerado o décimo-primeiro e último Guru.
A doutrina básica do sikhismo consiste na crença em um único Deus e nos ensinamentos dos Dez Gurus do sikhismo, recolhidas no Livro Sagrado dos sikhs, o Guru Granth Sahib, é considerado o décimo-primeiro e último Guru.
Para o sikhismo, Deus é eterno e sem forma, sendo impossível captá-lo em toda a sua essência. Ele É o Criador do mundo e dos seres humanos e deve ser alvo de devoção e de amor por parte dos humanos.
O sikhismo ensina que os seres humanos estão separados de Deus devido ao egocentrismo que os caracteriza. Esse egocentrismo (haumai) faz com que os seres humanos permaneçam presos no ciclo dos renascimentos (a Roda Sasahara) e que ainda não alcançaram a libertação, que no sikhismo é entendida como a união com Deus. Os sikhs acreditam no Karma, segundo o qual as ações positivas geram frutos positivos e permitem alcançar uma vida melhor e o progresso espiritual; a prática de ações negativas leva à infelicidade e ao renascer em formas consideradas inferiores, como em forma de planta ou de animal.
Deus revela-se aos homens através da sua graça (Nadar), permitindo a estes alcançar a salvação. O Divino dá-se a ouvir, revelando-se enquanto nome. Segundo os ensinamentos do Guru Nanak e dos outros gurus, apenas a recordação constante do nome (Nam Simaram) e a repetição murmurada do nome (nam japam) permitem os seres humanos libertar-se do haumai, que significa o egocentrismo humano.
O rito principal é o da admissão entre os khalsa, fraternidade dos "puros", geralmente celebrado na puberdade.
O Guru Nanak instituiu o sistema do langar ("cozinha" ou "refeitório comunitário") que se perpetuou até aos nossos dias.
O objectivo desta instituição foi fomentar a fraternidade e a igualdade entre os seres humanos. No langar prepara-se o karah prasad, uma refeição sagrada feita à base de farinha, açúcar e manteiga batida.
Todos os participantes numa cerimónia religiosa de um templo sikh recebem este alimento, sem distinção de casta, nível econômico ou crenças religiosas.
O objectivo desta instituição foi fomentar a fraternidade e a igualdade entre os seres humanos. No langar prepara-se o karah prasad, uma refeição sagrada feita à base de farinha, açúcar e manteiga batida.
Todos os participantes numa cerimónia religiosa de um templo sikh recebem este alimento, sem distinção de casta, nível econômico ou crenças religiosas.
Também denominado Adi Granth ("Livro do Começo", "Livro Original").
Trata-se de uma colectânea em panjabi dos hinos religiosos do Guru Nanak e dos seus sucessores, bem como de textos de poetas hindus e muçulmanos. Os sikhs particularmente devotos dedicam-se a ler ininterruptamente as 1430 páginas do livro.
Cada casa e cada templo sikh possui o seu exemplar.
Trata-se de uma colectânea em panjabi dos hinos religiosos do Guru Nanak e dos seus sucessores, bem como de textos de poetas hindus e muçulmanos. Os sikhs particularmente devotos dedicam-se a ler ininterruptamente as 1430 páginas do livro.
Cada casa e cada templo sikh possui o seu exemplar.
Os templos sikhs recebem o nome de gurdwaras (anglicização de gurdvârâ, "a porta do Mestre"). Neles ocupa um lugar de privilégio o Livro Sagrado, o Guru Granth.
Portanto, Guru Granth Sahib ("o Senhor Mestre Livro") é o Livro Sagrado do Sikhismo.
Portanto, Guru Granth Sahib ("o Senhor Mestre Livro") é o Livro Sagrado do Sikhismo.
6) - O Zoroastrismo, também chamado de masdeísmo, matismo ou parsismo, é uma religião monoteísta fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, ao qual os gregos chamavam de Zoroastro.
É considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético.
De acordo com os historiadores da religião, algumas das suas concepções religiosas, como a crença no paraíso, na ressurreição e no juízo final e na vinda de um messias.
Tem seus fundamentos fixados no Avesta e admite a existência de duas divindades (dualismo), representando o Bem (Aúra-Masda) e o Mal (Arimã), de cuja luta venceria o Bem.
Doutrinas e crenças
Os masdeístas não representam seus deuses em esculturas e não têm templos.
Esta crençã deixou traços nas principais religiões mundiais como o judaísmo, o cristianianismo e o islamismo através das seguintes crenças:
Imortalidade da alma
Imortalidade da alma
- A vinda de um Messias
- O juízo final
- E a ressurreição dos mortos.
- A doutrina de Zaratustra foi espalhada oralmente e suas reformas não podem ser entendidas fora de seu contexto social.
- O indivíduo pode receber recompensas divinas se lutar contra o mal em seu cotidiano, como pode também ser punido após a morte caso escolha o lado do mal.
- Os mortos são considerados impuros, então, não são enterrados, pois consideram a terra, o fogo e a água sagrados, eles os deixam em torres para serem devorados por aves de rapina. O principal texto religioso do zoroastrismo é o Avesta.
- Julga-se que a atual forma do Avesta corresponde a apenas uma parte de Avesta original, que teria sido destruído em resultado da invasão de Alexandre o Grande.
- O Avesta divide-se em várias secções, das quais a principal é o Yasna ("Sacríficios"). O Yasna inclui os Gathas, hinos que se julga terem sido compostos pelo próprio Zaratustra.
- O Vispered é essencialmente um complemento do Yasna.
- O Vendidad é a secção que contém as regras de pureza da religião, podendo ser comparado ao Livro de Levítico da Bíblia Cristã.
- Os Yashts são hinos dedicados às divindades.
- Para além do Avesta existem os textos em palavi, escritos na sua maior parte no século IX.Portanto O Avesta é o Livro sagrado do Zoroastrismo.
7) - O Taoísmo - Do Caminho surge um (aquele que está consciente), de cuja consciência por sua vez surge o conceito de dois (yin e yang), dos quais o número três está implícito (céu, terra e humanidade); produzindo finalmente por extensão a totalidade do mundo como o conhecemos, as dez mil coisas, através da harmonia das Wuxing.
O Caminho enquanto passa pelos cinco elementos do Wuxing é também visto como circular, agindo sobre si mesmo através da mudança para simular um ciclo de vida e morte nas dez mil coisas do universo fenomênico.
O Caminho enquanto passa pelos cinco elementos do Wuxing é também visto como circular, agindo sobre si mesmo através da mudança para simular um ciclo de vida e morte nas dez mil coisas do universo fenomênico.
Aja de acordo com a natureza, e com sutileza em lugar de força.
A perspectiva correta será encontrada pela atividade mental da pessoa, até chegar a uma fonte mais profunda que guie sua interação pessoal com o universo (veja 'wu wei' abaixo). O desejo obstrui a habilidade pessoal de entender O Caminho, pois moderar o desejo gera contentamento.
Os taoístas acreditam que quando um desejo é satisfeito, outro, mais ambicioso, brota para substitui-lo.
Em essência, a maioria dos taoístas sente que a vida deve ser apreciada como ela é, em lugar forçá-la a ser o que não é.
Idealmente, não se deve desejar nada, "nem mesmo não desejar".
Os taoístas acreditam que quando um desejo é satisfeito, outro, mais ambicioso, brota para substitui-lo.
Em essência, a maioria dos taoístas sente que a vida deve ser apreciada como ela é, em lugar forçá-la a ser o que não é.
Idealmente, não se deve desejar nada, "nem mesmo não desejar".
Unidade: ao perceber que todas as coisas (inclusive nós mesmos) são interdependentes e constantemente redefinidas pela mudança das circunstâncias, passamos a ver todas as coisas como elas são, e a nós mesmos como apenas uma parte do momento presente.
Esta compreensão da unidade nos leva a uma apreciação dos fatos da vida e do nosso lugar neles como simples momentos miraculosos que "apenas são".
Esta compreensão da unidade nos leva a uma apreciação dos fatos da vida e do nosso lugar neles como simples momentos miraculosos que "apenas são".
Dualismo, a oposição e combinação dos dois princípios básicos Yin e Yang do universo, é uma grande parte da filosofia básica.
Algumas das associações comuns com Yang e Yin, respectivamente, são: masculino e feminino, luz e sombra, ativo e passivo, movimento e quietude.
Os taoístas acreditam que nenhum dos dois é mais importante ou melhor que o outro, na verdade, nenhum pode existir sem o outro, porque eles são aspectos equiparados do todo.
São em última análise uma distinção artificial baseada em nossa percepção das dez mil coisas, portanto é só nossa percepção delas que realmente muda.
Algumas das associações comuns com Yang e Yin, respectivamente, são: masculino e feminino, luz e sombra, ativo e passivo, movimento e quietude.
Os taoístas acreditam que nenhum dos dois é mais importante ou melhor que o outro, na verdade, nenhum pode existir sem o outro, porque eles são aspectos equiparados do todo.
São em última análise uma distinção artificial baseada em nossa percepção das dez mil coisas, portanto é só nossa percepção delas que realmente muda.
O Livro da Lei Sagrada do Taoísmo se é que assim podemos chamá-los é a Teoria dos Cinco Elementos, Alquimia e o Culto aos Ancestrais.
Como podemos constatar a Maçonaria Universal é capaz de nos dar um conhecimento que escapa ao nosso simples modo de observar e conhecer o mundo em que vivemos, é na verdade o "Templo de todas as Crenças e de todas as Religiões".
Um Templo Maçônico é a morada do Grande Arquiteto do Universo, é um lugar Sagrado que nos proporciona conhecimentos que se formos buscá-los através do estudo e da presença em todas a Sessões de nossa Oficina, encontraremos então a síntese de todas as ciências, de toda a história da humanidade e de todo o conhecimento capaz de nos proporcionar os meios para através do nosso viver, tornarmos junto conosco, feliz toda a humanidade!
Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas 33º
Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas 33º
Bibliografia:
www.Wikipedia.org
O Atlas da religiões. Autoras: Joanne O'Brien e Martin Palmer
Revista Maçônica – Índices de monografias maçônicas
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